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Mototaxista de Teresina relata impactos da mudança na mobilidade urbana e acesso limitado

Por Redação
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Reprodução | Ascom

O Mototáxi é um tipo de transporte alternativo e regulamentado pela Lei n° 12.009, promulgada em 2009. Em Teresina, a Gerência de Licenciamento e Concessão (GLC) da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito apontou 2.315 mototaxistas cadastrados no sistema do órgão em maio de 2022. Mesmo que esse seja um dos meios de transporte mais tradicionais, profissionais da classe relatam dificuldades com as mudanças na mobilidade.

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Francisco Ferreira, mototaxista, relembra o período que iniciou na profissão e aponta que essa era uma das principais fontes de renda. “Quando eu comecei a trabalhar como mototaxista, cheguei a fazer a minha casa e agora tenho dificuldade até para pagar os custos da moto e a alimentação”, destaca. Segundo o profissional, a situação atual é resultante do surgimento do transporte por aplicativo, da pandemia e do pouco alcance aos benefícios que são ofertados atualmente.

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O morador do bairro Areias também aponta as demandas que já foram sugeridas pela Associação de Mototaxistas de Teresina, como plano de saúde, seguro para o caso de acidente, empréstimos, descontos na compra de motos para quem se dedica a essa atividade e isenção no emplacamento. No entanto, alguns benefícios exigem o pagamento de taxas pelos profissionais e nem todos conseguem obtê-los.

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Como consequência da limitação financeira e do aumento do preço de serviços e produtos, o acesso ao benefício previdenciário, por exemplo, se distanciou. “Tenho 60 anos, não sou aposentado e não tenho outra renda. Ainda paguei o INSS autônomo por meio de um projeto do Sebrae, mas não consegui pagar mais quando a minha situação financeira foi afetada há alguns anos. Se tivesse continuado, já teria me aposentado pelo tempo de contribuição”, afirma. 

Para Naiara Moraes, advogada e especialista em políticas públicas, a mobilidade urbana deve ser o centro de ações que garantam o bem estar da população e uma prioridade para o futuro das cidades. “Esse é um dos grandes desafios para a gestão pública porque impacta outros direitos das pessoas. A sociedade conta com o transporte público, por exemplo, para procurar emprego, ter uma consulta médica, garantir a alimentação, tirar documentos e outras formas de exercer a cidadania”, afirma. 

Ainda de acordo com a especialista, o transporte público, a relação entre empresários e trabalhadores e a responsabilidade socioambiental não devem ser o único foco da gestão pública. “A manutenção dos vários modais e a parcela de mercado para o ônibus, o mototáxi, o transporte por aplicativo, entre outros, deve ser uma ação do município e essa instância deve se manter atenta para esse bom convívio. Toda política pública, especialmente a de transporte, deve existir atendendo as demandas da população", finaliza.

Fonte: Ascom

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