CNT diz que Petrobras mente sobre reajustes no preço do combustível

A Confederação Nacional do Transporte (CNT) se posicionou nesta quinta-feira (24) sobre os reajustes de óleo diesel feitos pela Petrobras. A CNT informou que a carga tributária e preços internacionais não podem atrapalhar o trabalho dos transportadores e que a Petrobras mente à sociedade, pois a política de preços adotada em suas refinarias, que acompanha a alta das cotações internacionais do petróleo, é uma medida desproporcional, já que o órgão tem custos internos e não internacionais.

Siga-nos: Facebook | X | Instagram | Youtube

Em nota, a CNT também destacou a ineficiência da estatal e a corrupção que ocorreu na Petrobras que não pode prejudicar transportadoras, a autossuficiência de petróleo que devem baratear preços, o preço superior aos de outros países com economia similar ao do Brasil, condições econômicas do país, pior momento para implantar política de preços altos, levando o transporte rodoviário a um momento muito delicado. Além disso, o Governo não tem apresentado as condições mínimas de operação de transportes de passageiros e cargas em todo o país, incluindo o Piauí.

Participe do nosso grupo: WhatsApp

Confira na íntegra a nota da CNT – Confederação Nacional do Transporte:

Compartilhe esta notícia: WhatsApp | Facebook | X | Telegram

1) A política de preços adotada pela Petrobras em suas refinarias, que acompanha a alta das cotações internacionais do petróleo, é uma medida desproporcional, pois ela tem custos internos e não internacionais.

2) Transportadores não podem responder pela ineficiência da Petrobras e pela corrupção que ocorreu na estatal.

3) Países autossuficientes na produção de petróleo praticam preços do óleo diesel mais baratos.

4) Em comparação a outros países que possuem perfil similar ao desenvolvimento econômico brasileiro, como Rússia e México, o preço do óleo diesel no Brasil é superior. O óleo diesel cobrado no Brasil é, em média, 15% superior ao cobrado nos Estados Unidos, sendo que a renda média neste país é seis vezes maior que a do brasileiro.

5) A política de preços de combustível deve considerar as condições econômicas do Brasil.

6) Essa política equivocada e desastrosa não poderia ter sido implantada em pior momento para o setor transportador, que ainda luta para superar as perdas da forte recessão econômica.

7) Os sucessivos aumentos do óleo diesel comprometem com mais intensidade o transporte rodoviário, que responde pelo tráfego de 90% dos passageiros e por mais de 60% da movimentação de bens e produtos no Brasil.

8) A solução apresentada, até o momento, pelo governo em nada contribuirá para garantir as condições mínimas de operação do transporte rodoviário de cargas e passageiros no país. A retirada da Cide sobre o óleo diesel terá impacto irrisório no preço final do combustível.