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Noite especial para o cinema Piauiense, "Uma Mulher Chamada Esperança" emociona público em Picos-PI

Por Josely Ecologista
Filme Uma Mulher Chamada Esperança
Filme Uma Mulher Chamada Esperança | Josely Ecologista

Filme do diretor Flávio Guedes foi aplaudido de pé pelo público presente no auditório da ACINP em Picos -PI.

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A sétima arte retrata a história da escravizada Esperança Garcia, reconhecida como a primeira advogada negra do Piauí.

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A produção cinematográfica é baseada na carta escrita pela escravizada Esperança Garcia ao governador da então capitania de São José do Piauí, em 1770. Por ter redigido esse documento, ela recebeu da OAB-PI o título de primeira advogada do estado.

O filme estreou com grande estilo e teve como protagonista a atriz Ruth Barão, que viveu a Esperança Garcia.

O lançamento do filme vinha sendo trabalho já à alguns meses e acordando com um cinema da cidade de Picos, para ficar em cartaz por 14 dias de 11 a 25 de novembro, porém uma notícia de última hora pegou os responsáveis de surpresa, uma nota que o mesmo cinema estaria fechando e não poderia exibir mais nenhum filme. A equipe que sempre foi preparada para resolver problemas de última hora, inspirada pelo saudoso Sávio Barão (Homenageado no filme), se mobilizou e imediatamente realocou as exibições para o auditório da Associação Comercial Industrial de Picos (ACINP).

O elenco compareceu em peso e realizou seção de fotos com o público presente.

Durante a exibição na telona, a plateia se emocionou em vários momentos, tanto na forma sofrida que vivia os escravisados, com tratamentos desumanos (foi retratado a verdadeira vida dos escravisados), que eram espancados, uma vida sem direitos, que nos faz rever o conceito de racismo, de descriminação que o povo negro sofreu na época refratada e sofre nos dias de hoje.

O Flávio Guedes apresenta uma fotografia real que nos teletransporta para a pele desse povo tão sofrido, mas que também transmite a mensagem de que sempre a Esperança, pois a persistência da Esperança Garcia por justiça, algo até então impossível na época, mas ela conseguiu. Pois terminou seus dias de vida ao lado do seu marido e filhos, na fazenda que almejava.

No final do filme uma emocionante surpresa para todos, um depoimento inédito do Saudoso Sávio Barão um negro que honrava sua cor (preto), que  amava sua raça! “Ser negro no Brasil ainda é perigoso”. “Enquanto eu respirar eu vou lutar! Lutar por um lugar ao sol”. Algumas das frases desse eterno Rei da Arte.

Ao fim da sessão, a obra foi aplaudida de pé e mesmo minutos depois de encerrada a projeção o público se manteve no salão e foram presenteados com uma live, direcionada pelas atrizes e ativistas culturais Marli Veloso e Arlete Sepulvida, onde aconteceu um maravilhoso bate-papo com o Diretor Flávio Guedes, atriz Ruth Barão, que viveu a Esperança Garcia e atores do elenco, e ainda duas apresentações musicais especiais. O Canto das Três Raças (Clara Nunes), por Rutht Barão e a música Esperança tema do filme, uma belíssima cação com Deysiane Nunes.

 

“Ainda estou muito emocionado e agradecido pela noite da nossa estreia. O auditório lotado, atento, esperançando com a gente e aplaudindo nosso filme de pé após a exibição, foi uma verdadeira catarse.  Só tenho agradecimentos a cada um que se doou para a realização. Em nome de nossa atriz Ruthe Barão, intérprete de Esperança Garcia, agradeço a todo o elenco. E estou certo, no meu coração, que Sávio Barão estava presente e celebrando conosco durante toda a noite. Foi pra ele, foi por ele. Obrigado, Barão” pontuo o Diretor Flávio Guedes

Flávio Guedes - Cineasta

O filme Uma Mulher Chamada Esperança, trás uma discurção muito necessária para nossa atual conjuntura e para que agente possa entender a nossa história e o processo de formação da sociedade brasileira, nem escrava, nem escravisada, o título do filme faz referência a uma mulher, então não mais vista como objeto, sujeito da sua própria história, nós temos um filme político e populando qual o contesto histórico, social e cultural é muito importante para que agente possa compreender o filme. O filme é muito rico em vários aspectos, se formos avaliar o áudio, os componentes sonoros do filme, os diálogos, a música que tem dentro da esperança, Uma Mulher Chamada Esperança, uma função mágica, porque orienta o espectador, reforça acamada de sentido da imagem tem uma importância simbólica muito grande, a montagem do filme tem um cuidado estético muito grande, isso faz toda a diferença centrões um processo de construção dessa obra de arte que, tanto a direção como a montagem são essencial para que o roteiro ganhe vida, para que o roteiro ganhe importância histórica, dentro desse processo narrativo. O filme é um filme narrativo, conta uma história para nós. A participação da Ruth fazendo Esperança Garcia, pelo fato de ser uma mulher negra faz toda a diferença, então é fundamental, a Ruth constrói a personagem com muita força histórica e isso trás uma emoção muito grande, outro aspecto muito importante do filme é a fotografia muito eficaz, ela não é só bonita ela se coadunada com as outras camadas do filme, com os demais discursos, dessa forma ela contribui para os efeitos de sentido do filme, eu gostaria destacar também que o cinema brasileiro tem grandes produções históricas e o Jean-Luc  Godard, costuma dizer que todo filme na verdade é um documentário do seu tempo e esse filme do Flávio Guedes  certamente é um documentário importantíssimo e aí quando eu penso em Esperança Garcia, eu penso em Quilombo, eu penso em Canudos, eu penso em Memórias do Cárceres, em Deus e o Diabo na Terra do Sol, em penso nesses filmes de grandes diretores, que tem todo cuidado de fazer uma produção de uma arte política que traz para nós reflexões importantes sobre os conflitos ideológicos, que inclusive nós vivemos na atual conjuntura do nosso país, a trilha sonora que a Deysiane Nunes compôs de uma forma magnífica, ela entrou na história para fazer essa construção da música e ela faz uma unidade discreto de sentido. Letra e música se coadulam com a narrativa do filme. O final foi um momento de catarse pra todo o elenco, para todas as pessoas que conheceram o Sávio Barão e penso que até para quem não conheceu, o depoimento dele é muito forte e todas as pessoas que compartilham da luta racista certamente se sentiram tocadas pelo final pela homenagem a Sávio”. Expressou Marli Veloso, Atriz e Ativista Cultural.

Marli Veloso, Atriz e Ativista Cultural

Para mim é uma honra imensurável. Uma emoção muito grande. Foi o último trabalho dele cinematográfico em que trabalhamos com meu pai. Sávio Barão ele é vivo dentro de mim, corre seu sangue nas minhas veias. O Flávio Guedes dedica a ele que está presente em tudo: na produção, atua no filme […] vamos fazer jus a um pouco da memória do tanto que ele significou na cidade para a arte e para cultura picoense”. 

Ruth Barão - Atriz.

Ruthe contracenou com Flávio Gudes. “Contracenar com o Flávio Guedes que é um ator que eu vi desde quando eu era criança, é uma honra muito grande. Dividir o palco e as telas com ele é uma honra imensurável, maravilhosa”, declarou a atriz(Cidadesnanet)

Confira a live completa clicando no link azul abaixo da imagem

https://youtu.be/AczzbzimKm8

Imagens do lançamento do filme.

 

Fonte: Josely Ecologista

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