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Inflação alta afasta jovens de Bolsonaro, mostra pesquisa do Ipec

Por Cristina
Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro |

Apoiar a reeleição do presidente Jair Bolsonaro em 2022 está fora de cogitação para 45% dos eleitores entre 16 e 34 anos, segundo pesquisa do Ipec. Eles afirmaram preferir votar em qualquer outro candidato, independentemente de suas convicções partidárias. E os motivos não são apenas ideológicos, mas também econômicos. Aliadas aos efeitos da pandemia do mortal coronavírus, a inflação alta e a dificuldade em conseguir um emprego explicam a rejeição entre os jovens medida pela pesquisa.

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Pelo menos 28% dos jovens que escolheram Bolsonaro se disseram arrependidos. E a inflação é o motivo para quase um terço deles.

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Obtida pelo Estadão, pesquisa encomendada pela Fundação Tide Setubal e pela Avaaz confirma o que outros levantamentos já apontavam sobre a percepção dos jovens. Segundo o Ipec, a fração de eleitores de Bolsonaro na faixa etária pesquisada não passa de 24% - porcentual inferior ao obtido na eleição passada, quando 31% disseram ter votado no atual presidente.

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As respostas obtidas pela pesquisa exemplificam, segundo o cientista político Marcio Black, as preocupações dos jovens em relação ao futuro. "Eles têm a vida toda pela frente e estão vendo uma série de barreiras à sua trajetória em função das decisões do governo. A inflação e o desemprego são problemas que interrompem um ciclo de desenvolvimento. No caso dos jovens mais carentes, a pandemia ainda os tirou da escola e os deixou mais atrasados", ressaltou o coordenador do Programa de Democracia e Cidadania Ativa da Fundação Tide Setubal.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, o número de eleitores com idade entre 16 e 17 anos diminuiu de 2,3 milhões, em 2016, para pouco mais de 1 milhão nas eleições municipais de 2020.

O momento também faz com que uma parcela dos jovens já cogite voto em branco ou nulo. O estudante João Pedro Branquinho, de 19 anos, está nesse grupo. Para ele, anular o voto é uma forma de simbolizar sua frustração com o sistema político. "Não acredito mais que votar em um candidato, mesmo que tenha um viés com o qual me identifique, vá proporcionar as mudanças que defendo", afirmou.

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