PIX é usado como app de paquera. Conheça os "pixsexuais"

"Não me mande flores, me mande um PIX".
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Sim, acredite: o brasileiro conseguiu transformar o PIX em um aplicativo de paquera. No Twitter, já deram até um nome para quem aderiu a esse "uso alternativo" do sistema de pagamento eletrônico lançado há três meses pelo Banco Central: são os pixssexuais. No Instagram, Stories com as brincadeiras do "PIXTinder" estão viralizando.
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Pixsexual: indivíduo que sente atração por quem faz transferência por pix para sua conta aleatoriamente
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— OLHA SÓ KIRIDINHA (@OlhaKiridinha) January 7, 2021
Júlia Mendonça, colunista do blog do UOL Descomplique, explica funcionalidade oficial do app. "O PIX é um sistema de transferência de dinheiro que utiliza da tecnologia da criptografia. Quem cuida do PIX no Brasil é o próprio Banco Central. Basta você cadastrar a sua conta no sistema, adicionar uma chave de acesso e pronto. Pode começar a receber e fazer transações de graça, sem as burocracias usuais".
Ou seja, a ferramenta permite o cadastro do telefone, do CPF ou de um número aleatório como chave pessoal, para facilitar o processo. Assim, ao enviar o dinheiro, a pessoa não precisa digitar conta, agência, banco e outros detalhes, basta digitar a chave de quem vai receber a transferência.
Há duas semanas, uma história curiosa envolvendo o sistema de envio bombou nas redes sociais. Uma garota, bloqueada em todas as redes sociais do ex, fez várias transações de R$ 0,01 para o boy com mensagens pedindo para reatar o relacionamento. É que, caso você nunca tenha usado o app, junto com o dinheiro dá para mandar também mensagens de texto, normalmente para justificar o motivo da transferência.
O Banco Central informa que ainda não é possível bloquear números no PIX, mas existem outros meios de impedir esse contato indesejado. Para além da perseguição amorosa, tem jovem usando o PIX para falar com o contatinho e paquerar.
"Recebi R$ 2 do meu contatinho"
Bruna Souza, de 27 anos, é relações públicas. Ela conta que, um dia, rolando a timeline do Instagram, viu uma brincadeira sobre o pixsexuais e resolveu compartilhar em seus Stories. "Aqui é ruim de conversar, anotem meu o número do meu PIX".
Ela não esperava nada com o compartilhamento, até que recebeu uma transação de R$ 2 de um contatinho do passado. O melhor era o conteúdo da mensagem que chegou junto com o dinheiro: "Ele mandou o endereço da casa dele, pedindo para eu ir visitá-lo. O problema é que o endereço é de Taubaté e eu moro em São Paulo, capital".
Aqui é ruim de conversar, anota meu pix
— Gabriel (@gabrielbeblo) December 30, 2020
O engenheiro Rafael Savastano, 29, e Bruna se conheceram há cerca de um ano, mas como moram em cidades diferentes, não se viram em 2020 por causa da pandemia. "Na hora não acreditei. Respondi para combinarmos a visita, mas até agora não rolou", conta Bruna.
Questionada sobre segurança e privacidade, Bruna diz que acha perigoso informar o número para estranhos e que Rafael já tinha seu telefone. "Essas coisas só acontecessem comigo", brinca. Já Rafael conta que enviou o dinheiro para "fazer uma graça". "Mandei só R$ 2 para ela no PIX porque ainda não sou rico. Senão mandava R$ 2 mil. Ela merece", diz o engenheiro.
A especialista em finanças alerta para os riscos de usar o número de telefone como chave do PIX. "Não é uma coisa legal você sair por aí passando o seu contato para todo mundo, nem mesmo o CPF. Esse é o principal problema da ferramenta, informar dados pessoais para desconhecidos", diz Júlia.
Fonte: Universa
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