Por Adelmir Andrade. Colônia do Gurgueia-PI, 19 anos sem o Padre Anchieta

Neste dia 07 de junho de 2020, completam 19 anos do falecimento do Padre José de Anchieta Mauriz Cortez, um dos principais responsáveis pela luta que levou o Projeto Colonizador do INCRA, Núcleo Colonial do Gurgueia a sua emancipação no dia 29 de abril de 1992.
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O Padre Anchieta faleceu na sua propriedade Terra Santa no dia 07 de junho de 2001.
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Colônia do Gurgueia adormeceu no dia 06, enquanto todos dormem o vento frio da madrugada sopra sem parar. Era madrugada, o galo canta, intensifica o seu canto. A aurora anuncia o novo dia, os primeiros raios do sol começaram a despontar, os lençóis verdes das matas que cobre aquele chão reclinam-se para receber o novo dia, o orvalho dos pastos começa a pingar, a luz da alvorada enche o Vale do Gurgueia. De repente chega a notícia, a cidade recebe a triste notícia: “O Padre Anchieta foi encontrado morto ainda no quarto!”.
A cidade para, pensa, pensa de novo, para, respira, respira ofegante, pergunta: “Meu Deus, será que isso é verdade?”.
Era 07 de junho de 2001, a notícia circula na velocidade da luz, as pessoas se desesperam, os fiéis começam a rezar para que seja mentira, ninguém quer acreditar “não pode ser verdade”, outros dizem: “mas por que o Padre?”. Tudo parecia confuso, ninguém sabe mais no que pensar como pensar, por que pensar, a verdade chega, era verdade, alguém foi até a Terra Santa, o Padre estava morto, as escolas não vão funcionar, a cidade parou, morreu o homem mais importante da região, as pessoas estão de luto, um sentimento fúnebre envolveu toda a Região do Vale do Gurgueia.
Autoridades estaduais e de outras cidades desembarcam em Colônia do Gurgueia para se despedirem daquele grande homem, a comunidade em geral estava presente, eu estava lá, como autor da letra e da música, fui convidado a cantar o Hino Municipal quando o corpo estava sendo velado na Escola Técnica, obra das mãos daquela por quem o povo chorava. Era como se as pessoas estivessem sonhando, era um sonho ruim, mas a gente não acordava, era real, o Padre tinha de fato falecido, o seu corpo estava ali, na frente de todos, “como pode?”.
Muito choro, as pessoas não se continham, as lágrimas vinham naturalmente, amigas fieis acariciavam o caixão, a sensibilidade tomou conta de todos, ao olhar para alguém chorando, chorava-se também e foi assim àquele triste dia que encerrou com o sepultamento do grande Padre Anchieta na igreja matriz da cidade. Depois do sepultamento cada pessoa tomou o rumo de sua casa consciente de que Colônia do Gurgueia perdia um dos seus maiores construtores.
Aos poucos a ficha foi caindo e as pessoas se deram conta de que não tinha mais a companhia do Padre Anchieta. Tudo tem começo, meio e fim. O fim da vida do sacerdote do Gurgueia aqui no meio do seu povo tinha chegado, era uma triste realidade que as pessoas precisavam aceitar. Depois da partida, restaram suas obras e as boas lembranças para os verdadeiros amigos. Nas programações religiosas da igreja da cidade, as pessoas dizem sentir a presença do Anchieta.
As músicas do Padre Zezinho tocadas nos alto falantes da paróquia, enche os corações das pessoas de recordações dos bons tempos vividos com o Padre Anchieta que partiu deixando o seu povo órfão de um líder que dava a sua vida em benefício de todos. Essa história não teria sido escrita se o seu personagem principal não fizesse jus a isso. Esse trabalho não teria sido feito se os fatos aqui narrados fossem inverdades. Mas Colônia do Gurgueia e região como um todo é conhecedora da grandiosa obra feita pelo Padre Anchieta que partiu naquele dia 07 de junho de 2001.
Fonte: Adelmir Andrade
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