'Se fosse eu, estava dentro de um presídio', diz mãe de Miguel Santana

O acidente aconteceu na ultima terça-feira. Era uma da tarde quando Miguel Otávio Santana da Silva, de 5 anos, caiu do 9º andar de um prédio de Recife, em Pernambuco. A mãe e a avó do garoto trabalhavam para uma família que mora no quinto andar do edifício.
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No momento do acidente, a mãe do menino passeava com o cachorro no térreo. A empregada conta que era comum trazer o filho para o trabalho, e a patroa cuidar da criança enquanto ela realizava alguma tarefa.
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"Ela confiava em mim e em minha mãe em tudo. Em tudo. Um minuto que confiei a ela o meu filho, infelizmente, ela não teve a paciência para tirar meu filho [do elevador]", diz Mirtes Renata, mãe de Miguel, ao Jornal da Band. "Não era para ela ter feito isso. Não custava nada ela ter ‘pego’ a mão do meu filho e tirado ele ali de dentro".
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Imagens da câmera de segurança mostram o garoto saindo do apartamento, no quinto andar, e entrando no elevador. Ele aperta vários botões enquanto a mulher segura a porta e pede para que ele volte. Mas, segundos depois, aparentando impaciência, ela aperta o que parece ser o botão do andar mais alto do edifício, vira as costas e vai embora.
O elevador então se movimenta. A porta se abre uma vez, mas o menino não sai. Depois, no nono andar, ele deixa o elevador e abre uma porta. Momentos depois, o garoto cai.
Emocionada, Mirtes lembra da imagem do filho após o acidente. "É muito duro lembrar do meu filho estirado no chão. Eu deitei junto com ele e pedi para ele viver. Disse: 'filho, mamãe está aqui do seu lado, mamãe não vai te deixar".
A patroa, que aparece nas imagens, é Sarí Gaspar Corte Real. Ela é mulher de Sérgio Hacker Corte Real prefeito de Tamandaré, no litoral pernambucano. A família Corte Real, que atua na construção civil, é influente no Estado, com membros na política e em órgãos da indústria.
Sarí foi presa por homicídio culposo, mas vai responder em liberdade depois de pagar fiança de R$ 20 mil.
Questionada sobre o que aconteceria com ela se a situação fosse a oposta, Mirtes Renata foi enfática: "Se fosse eu, essa hora eu estava dentro de um presídio, porque eu não tenho 20 mil reais para pagar fiança - e olhe lá se me dessem [direito a] fiança", desabafou.
Fonte: Jornal da Band
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