Bolsonaro pedirá perícia 'isenta' do caso Adriano

O presidente Jair Bolsonaro disse na manhã desta terça-feira (18) ter pedido a realização de uma perícia independente da morte do miliciano e ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar Adriano da Nóbrega.
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O miliciano estava foragido havia mais de um ano e foi morto durante uma operação policial no último dia 9 em um sítio na zona rural da cidade de Esplanada, na Bahia. Adriano da Nóbrega era suspeito de comandar um grupo criminoso que cometeu dezenas de homicídios, o Escritório do Crime. Ele foi expulso da PM por envolvimento com o "jogo do bicho" e já foi homenageado mais de uma vez pelo então deputado estadual Flávio Bolsonaro (sem partido), hoje senador.
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"Primeiro eu estou pedindo, já tomei as providência legais, que seja feita uma perícia independente, que sem isso você não tem como buscar até, quem sabe, quem matou a Marielle. A quem interessa não desvendar a morte da Marielle? Os mesmos a quem não interessa desvendar o caso Celso Daniel", afirmou na saída do Palácio da Alvorada.
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Fotos divulgadas pela revista "Veja" indicam que o miliciano foi morto por tiros disparos a curta distância. Imagens da autópsia também indicam que Nóbrega tinha um ferimento na cabeça e uma queimadura no lado esquerdo do peito. De acordo com Bolsonaro, uma perícia independente deverá dizer se Adriano foi torturado e de que distância os disparos foram efetuados.
"Pelo que tudo indica, a própria revista 'Veja' fez, a 'Veja' ouviu peritos, e os peritos estão dizendo ali que, pelo que tudo indica, o tiro foi à queima roupa. Então, foi queima de arquivo. Interessa a quem a queima de arquivo? A mim? A mim, não. O que é mais grave agora?", afirmou Bolsonaro, em referência à reportagem publicada pela revista na última sexta-feira (14).
Na manhã desta terça, Bolsonaro também comentou carta divulgada por governadores nesta segunda-feira (17). No documento, eles criticam a postura do presidente da República e o convidam para participar do próximo Fórum Nacional de Governadores.
Nas últimas semanas, a ação policial na Bahia que resultou na morte do miliciano foi um dos temas que gerou atrito entre Bolsonaro e os estados.
“Esperava que esses governadores que assinaram a carta sobre isso, esse assunto específico, Adriano, vamos deixar bem claro, fossem querer uma investigação isenta no caso Adriano", disse Bolsonaro.
No fim de semana, Bolsonaro indicou que a morte do miliciano pode ter sido uma queima de arquivo. Essa hipótese é defendida pelo advogado da vítima, mas a polícia baiana argumenta que o miliciano estava armado e atirou contra os agentes no cerco feito em um sítio no fim de semana passado.
Fonte: G1
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