Caso Backer: possíveis intoxicações de 2 anos atrás são investigadas

A Polícia Civil investiga casos suspeitos de intoxicação por dietilenoglicol, a partir da ingestão de cervejas da Backer, que teriam acontecido em 2018 e 2019. O inquérito, aberto há mais de 40 dias, começou em janeiro deste ano quando várias pessoas em Minas Gerais manifestaram sintomas semelhantes, dores abdominais, náuseas, vômitos, alterações neurológicas e insuficiência renal.
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"Um dos elementos foi o surgimento de pessoas que registraram no presente acontecimentos similares no passado, ou seja, elas indicavam sintomas, o histórico do consumo de cerveja em 2018 e em datas anteriores a outubro de 2019", disse o delegado Flávio Rossi.
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A Polícia Civil apura 34 casos de intoxicação que podem estar ligados ao consumo de cervejas da Backer. Há quatro casos confirmados por dietilenoglicol, sendo uma morte.
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Os exames que devem ser feitos nas outras vítimas ainda não têm data para começar. De acordo com a polícia, os reagentes necessários para concluí-los devem chegar até semana que vem.
A partir daí, a corporação acredita que os resultados de todos sairão em quinze dias. No total, seis pessoas suspeitas de intoxicação morreram. A polícia pediu a exumação de dois corpos.
Em nota, a Backer informou que "colabora com as autoridades desde o início das investigações. Reiteramos que a empresa nunca utilizou a sustância dietilenoglicol na fabricação de seus produtos. A Cervejaria Backer, seus consumidores e a sociedade como um todo, anseiam pela rápida conclusão das investigações".
Vistoria
Fiscais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) estiveram na tarde desta sexta-feira (14) na Cervejaria Backer no bairro Olhos D'Água, na Região Oeste de Belo Horizonte. Eles fizeram nova vistoria no local.
De acordo com a pasta, o objetivo "foi colher informações para auxiliar a apuração do processo administrativo". Fiscais que estiveram na fábrica disseram que foi uma operação de rotina.
A fábrica foi interditada pelo Mapa no dia 10 de janeiro. Segundo a Backer, os fiscais cumpriram "determinação judicial para o envase dos tanques já liberados. Por uma questão técnica, não foi possível realizar o trabalho. Os técnicos do MAPA deverão voltar à empresa na próxima semana".
Nesta quinta-feira (13), a empresa informou que já demitiu 150 pessoas. Ainda segundo a cervejaria, 52 funcionários diretos foram desligados. As demais demissões foram de prestadores de serviços terceirizados. Segundo a empresa, as dispensas estão sendo feitas desde o dia 15 de janeiro.
A substância tóxica dietilenoglicol foi encontrada pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) em cervejas da marca, em tanques e na água da fábrica em Belo Horizonte, que está interditada. A Backer sempre negou usar o dietilenoglicol no processo de fabricação, mas afirma usar o monoetilenoglicol.
Até o início das investigação, a Backer tinha cerca de 650 funcionários diretos e indiretos. Por causa da interdição da fábrica por parte do Ministério da Agricultura, todos foram mandados para casa. Não há previsão de retomada dos trabalhos.
Segundo a cervejaria, a empresa está fazendo esforço para não demitir, mas a interrupção da produção inviabiliza a manutenção de funcionários. A Backer ainda informou que depende da conclusão das investigações para obter respostas, retomar sua produção e evitar novas demissões.
Fonte: G1
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