Voluntários usam materiais de jardinagem para recolher óleo

Peneira de macarrão, espátula de obra, itens de jardinagem e outros instrumentos domésticos foram algumas das ferramentas utilizadas pelas centenas de voluntários que foram nesta terça-feira, 22, à Praia de Itapuama, em Cabo de Santo Agostinho, a 40 minutos do Recife. Aos voluntários, que atuam no local desde a chegada da mancha de óleo no domingo, somam-se integrantes da Marinha e, ainda, dezenas de militares que chegaram ontem.
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O cenário pode até parecer um tanto confuso inicialmente, com a quantidade de trabalho feita simultaneamente. Como a parte mais "grossa" do óleo foi retirada, o foco estava nos "detalhes", isto é, em retirar pequenas quantidades de óleo ao peneirar a areia ou utilizar uma escova nas pedras.
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As atividades podem parecer simples, mas exigiam esforço pela consistência de chiclete ou bala derretida da substância, como exemplificavam alguns voluntários. "Fica grudado demais nos buraquinhos. A gente só tira o excesso, não consegue tirar na integralidade", desabafa a advogada Gilmara Ribeiro, de 35 anos, que utilizava um instrumento de jardinagem já um tanto torto pelo esforço.
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Como estava sem instrumentos, o empresário Danilo Araújo, de 27 anos, catou o excesso de óleo com as mãos, retirando-o de buracos entre as pedras. Sócio de uma academia de crossfit, estava de folga para participar do mutirão. "Fui criado no Cabo. Minha infância foi aqui, nesta praia", comentou. "Isto aqui é a casa da gente."
Já outros voluntários foram até dentro do mar, como a aluna de Engenharia Thamires Cavalcante, de 20 anos. Com a água até o pescoço, ela usava uma peneira atrás de pequenas quantidades de óleo, do tamanho de bolas de gude. Thamires já estava no segundo dia seguido na praia. "Não é fácil, a luva escorrega. O que me preocupa é deixar a praia assim."
A aposentada Ladjane Lima, de 58 anos, também lembra da situação antes dos mutirões. "Domingo eram placas imensas", diz ela, que usava uma grande peneira. "Mas agora também é preocupante, por causa dos peixinhos. Amo a natureza, feriu a alma ver um negócio desses."
Mergulho
"Eu ia tirando de dentro do mar, não tem muita gente para fazer isso, nem todo mundo está disposto", comenta o professor de surfe Henrique Almeida, de 25 anos, que vestia só a bermuda e estava com a pele cheia de fragmentos de óleo. "A gente puxa e vem trazendo."
Daniel Galvão, do Salve Macaraípe, admite a necessidade de mais itens de segurança para voluntários. "Mas é um momento de guerra. A gente usa o que dá." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: Estadão Conteúdo
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