Portal R10
Notícias Blogs e Colunas Outros Links
Redação Whatsapp / Sugestôes (86) 99821-9621
Cristina Publicidade (86) 99911-2276
Marcelo Barradas Expansão (86) 99446-2372

Crise na Argentina segura a indústria no Brasil

Por Bruna Dias
Vitrine de casa de câmbio em Buenos Aires - AFP
Vitrine de casa de câmbio em Buenos Aires - AFP | Gazeta do Povo

"A crise na Argentina já está tendo pesados reflexos no Brasil: as exportações para lá caíram 40% nos sete primeiros meses do ano, comparativamente a igual período do ano passado, segundo o Ministério da Economia. E a situação pode se tornar mais complicada, após a vitória da chapa de esquerda - de Alberto Fernández e Cristina Kirchner - nas primárias presidenciais realizadas no último domingo.

Siga-nos: Facebook | X | Instagram | Youtube

A reação no mercado financeiro foi imediata. O peso argentino derreteu 19,1% desde a sexta-feira e deve pressionar ainda mais a economia enfraquecida.

Participe do nosso grupo: WhatsApp

Segundo o banco de investimentos Itaú BBA, a incerteza eleitoral e a instabilidade financeira vão ter impactos negativos sobre a demanda doméstica argentina e pressionar mais a inflação. Na semana passada, o banco de investimentos projetava que o PIB argentino fecharia este ano em baixa de 1,4% e a inflação bateria nos 40%.

Compartilhe esta notícia: WhatsApp | Facebook | X | Telegram

“A recessão na Argentina está fazendo com que o país perca espaço na pauta de exportações do Brasil”, diz Lia Valls, pesquisadora associada do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV).  A participação no total caiu de 5,14%, em 2018, para 4,17%, em 2019.

E quem mais sente são as fábricas. O país vizinho é um dos principais clientes dos produtos industrializados. No acumulado de 12 meses, o setor enfrenta uma retração de 0,8%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É um desempenho que não se repetia desde julho de 2017".

"Um dos segmentos mais afetados é o automobilístico. Por lá, a Honda já anunciou que deixará de fabricar carros a partir do ano que vem. O foco ficará na produção de motos. Por aqui, as exportações de carros de passeio para o país vizinho caíram pela metade em um ano. As de veículos comerciais caíram ainda mais: 72,8%.

A Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) projeta uma queda de 28,5% nas exportações em 2019. Isto está contribuindo para a redução no ritmo de crescimento da produção das montadoras. Segundo o IBGE, nos 12 meses encerrados em junho, a expansão foi de 5,6%, a menor desde julho de 2017".

Fonte: Gazeta do Povo

Comente