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Massacre em presídio é o maior desde o Carandiru

Por Gustavo Henrique
Foto: Bruno Kelly/Reuters
Foto: Bruno Kelly/Reuters | O Globo

Uma rebelião com cinco horas de duração deixou 57 mortos nessa segunda-feira(29), no Centro de Recuperação Regional de Altamira , no Sudoeste do Pará. O massacre é o maior ocorrido em um mesmo presídio desde o do Carandiru, em 1992, quando 111 detentos foram assassinados, e o quinto com alta letalidade registrado no sistema prisional do país desde janeiro de 2017 — em dois anos e meio, o saldo é de 227 vítimas fatais.

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O mais recente ocorreu em unidades prisionais de Manaus, em maio, e deixou 55 mortos.

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A chacina em Altamira teria sido motivada por uma briga entre as facções e ficou marcada pela brutalidade das mortes. Ao menos 16 detentos foram decapitados.

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A violência extrema tem sido marca da disputa entre facções nos presídios e serve como forma de intimidação entre os grupos criminosos.

Segundo a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), presos de uma mesma facção criminosa invadiram, às 7h, o anexo do presídio, onde estavam integrantes de um grupo rival, e atearam fogo no local. A fumaça invadiu o anexo e alguns detentos morreram por asfixia. O motim só terminou por volta de 12h. Dois agentes penitenciários chegaram a ser mantidos reféns por uma hora, mas foram liberados.

O governo do Pará determinou a transferência de 46 detentos suspeitos de participação no massacre . Desses, dez líderes de facções irão para um presídio federal, em vagas oferecidas pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. Os demais serão distribuídos em unidades estaduais, no Pará. Moro convocou nesta segunda-feira uma reunião de emergência sobre a situação no presídio. Segundo sua assessoria, o ministro lamentou as mortes e determinou a intensificação das ações de inteligência e que a Força Nacional fique de prontidão.

O secretário da Susipe, Jarbas Vasconcelos, disse ao GLOBO que o serviço de inteligência do Pará não apontou risco de ataques no presídio.

"Nenhum de nossos detentos fez exigências recentemente que pudesse levar a essa possibilidade. Tudo ocorreria normalmente", declarou.

 Foto: STRINGER / REUTERS

Fonte: O Globo

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