No chão ou a flutuar, sempre a poetizar

Preciso flutuar para em minutos minha mente se desligar

Preciso flutuar para outros mundos viajar

Sentir a liberdade dos poetas

E esquecer que a vida não é feita só de metas

Preciso conhecer as vindimas mais ao sul

Que produz os verdadeiros vinhos

Que faz-nos viajar

Que faz nossos pés deste chão flutuar

Preciso conhecer os templos dos algozes

Lugares de carnificina humana

No sofrimento alheio, meus pés no chão fincar

E entender que a vida é feita de refletir

Momentos de viagens para fora de si

E outras viagens dolorosas 

Para entender o ser humano que está dentro de mim

Há quem sinta ojeriza por se pensar 

Por quem poetiza 

E as verdades venham a revelar

Mas vou continuar atento para os descreverem 

E no chão ou a flutuar, sua pobreza mencionar