BRICS, uma alternativa?

BRICS

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O acrônimo BRICs, termo criado por Jim O'Neill em um estudo sobre crescimento da economia mundial em 2001, passou a ser posteriormente um grupo de cooperação econômico-político, formado pelos países signatários: Brasil, Rússia, Índia e China a partir da a primeira reunião formal de Chanceleres do BRIC e desde 2009, todos os anos são realizadas as Cúpulas. Já foram realizadas nove Cúpulas: I Cúpula: Ecaterimburgo, Rússia, 2009; II Cúpula: Brasília, Brasil, 2010; III Cúpula: China, 2011; IV Cúpula: Índia, 2012; V Cúpula: África do Sul, 2013; VI Cúpula: Brasil, 2014; VII Cúpula: Rússia, 2015; VIII Cúpula: Índia, 2016; IX Cúpula: China, 2017.

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Ao longo deste período os países membros iniciais passaram a adotar posturas convergentes com relação a temas econômicos e financeiros, no sentido de ampliar a participação dos mesmos junto as instituições financeiras internacionais, através das reformas defendidas pelo BRIC no FMI, BIRD e uma atuação conjunta e forte no G-20. Algumas Cúpulas refletiram esses objetivos, como também ampliou o número de membros.

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A I Cúpula em Ecaterimburgo, Rússia, em 2009, foi criado oficialmente o BRIC;  em 2011, na III Cúpula, houve o o ingresso da África do Sul, a que passou a ser denominado BRICS. Outra Cúpula marcante foi a VI Cúpula foi realizada em Fortaleza, Brasil, em julho de 2014, onde foi assinado acordo para criação do Banco de Desenvolvimento (Banco do BRICS) e Contingente de Reservas 100 bilhões dólares que serão utilizados para ajuda financeira dos integrantes do bloco. Decisões que não agradaram nem o FMI, controlado pelo EUA e o Banco Mundial, pelos países centrais da União Europeia.

Desde a conferencia de Bretton Woods, 1944, nos EUA, quando seu deu a criação do FMI e do Banco Mundial não se viu nada igual, pois o controle do sistema financeiro por parte do FMI e Banco Mundial que não estava ameaçada, agora está. A ameaça é ainda pequena, mas, é real. Nós estamos assistindo mais uma nova mexida no tabuleiro da geopolítica internacional resultante do surgimento de novas potências econômicas regionais emergentes, como as que formam os BRICS. 

Professor Sucupira