Acusado de envenenar familia em Parnaíba é considerado mentalmente apto a responder por crimes

Uma perícia médica concluiu que Francisco de Assis Pereira da Costa, acusado de participar de uma série de envenenamentos que resultaram em oito mortes no Piauí, possui plena sanidade mental e está apto a responder judicialmente pelos crimes. O laudo, produzido pelo Instituto de Medicina Legal (IML) e anexado ao processo, atestou que o réu tem “plena capacidade de autodeterminação e compreensão do caráter ilícito do fato”.
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A avaliação foi realizada após pedido da Defensoria Pública do Piauí, aceito pelo juiz Willmann Izac Ramos Santos, que determinou a suspensão da audiência de instrução e julgamento marcada para 30 de julho. Com a entrega do resultado, a audiência foi remarcada para o dia 5 de setembro.
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Crimes que chocaram o Piauí
Francisco de Assis e sua companheira, Maria dos Aflitos da Silva, são acusados de envenenar nove familiares e uma vizinha, entre agosto de 2024 e janeiro de 2025. Oito dessas vítimas morreram. O Ministério Público do Piauí denunciou o casal por oito homicídios qualificados e três tentativas de homicídio qualificado. Ambos estão presos desde janeiro.
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Entre as vítimas estão crianças de 1 a 8 anos, além de adultos da mesma família. Uma adolescente de 17 anos, que sobreviveu após ingerir o arroz envenenado, chegou a depor no IML de Teresina. Outros depoimentos incluíram familiares próximos, como a mãe do réu, ouvida em Fortaleza (CE).
Tentativa de forjar culpada
Durante as investigações, a polícia apontou que Maria dos Aflitos teria tentado transferir a responsabilidade dos crimes para uma das vítimas, Maria Jocilene da Silva, de 41 anos, com quem mantinha um relacionamento extraconjugal. A estratégia, segundo o delegado Abimael Silva, visava livrar Francisco da prisão. Maria Jocilene chegou a sobreviver ao primeiro envenenamento, mas morreu semanas depois, também com suspeita de intoxicação.
Próximos passos do processo
Com a confirmação da sanidade mental do réu, o processo segue seu curso normal. A audiência de instrução e julgamento será a fase em que o juiz ouvirá depoimentos de testemunhas, das partes e de peritos para formar convicção sobre o caso.
O diretor do IML, Antônio Nunes, explicou que, embora o prazo legal para a conclusão de laudos psiquiátricos seja de 45 dias, o caso foi priorizado por envolver réu preso e múltiplas vítimas.
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