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Hospital São Marcos afirma que “não houve apropriação indevida de verbas públicas”

Por Bruna Dias
Hospital São Marcos
Hospital São Marcos | Reprodução

O Hospital São Marcos, referência em oncologia no Piauí, divulgou nota oficial nesta quarta-feira para esclarecer informações a respeito da denúncia apresentada pelo Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI) contra o diretor-geral da instituição, Gustavo Antônio Barbosa de Almeida. Ele também preside a Associação Piauiense de Combate ao Câncer Alcenor Almeida (APCCAA), mantenedora do hospital.

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Segundo a acusação do MP, Gustavo Antônio teria desviado mais de R$ 31 milhões em recursos públicos da Fundação Municipal de Saúde (FMS), oriundos de repasses do Sistema Único de Saúde (SUS). O Ministério Público sustenta que, entre 2016 e 2024, ocorreram irregularidades na retenção de valores referentes a empréstimos consignados contratados pela associação. Um erro administrativo teria impedido que a FMS descontasse as parcelas antes de repassar os valores ao hospital, resultando em um pagamento considerado indevido.

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Diante disso, o MPPI ofereceu denúncia formal por peculato, crime previsto no Código Penal, pedindo a citação do acusado, a oitiva de testemunhas e a condenação. O caso segue para análise da Justiça Criminal.

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Hospital nega apropriação indevida

Em resposta, o Hospital São Marcos afirmou que não houve apropriação indevida de verbas públicas. A instituição atribui a divergência a falhas administrativas da própria Fundação Municipal de Saúde, que seria responsável pela gestão plena dos repasses do SUS.

De acordo com a nota, os empréstimos contraídos no período citado tiveram como objetivo assegurar a continuidade dos atendimentos médicos e hospitalares, principalmente em razão de atrasos nos repasses da FMS. O hospital assegura que todos os recursos foram aplicados em assistência, pagamento de profissionais, aquisição de medicamentos e insumos.

A direção também destacou que comunicou oficialmente à Fundação sobre as inconsistências encontradas e reforçou sua confiança de que a Justiça reconhecerá a lisura de sua conduta. “O caso já foi analisado pela autoridade policial, que sugeriu o arquivamento por entender tratar-se de uma questão de natureza cível”, afirma a nota, acrescentando que há negociações em andamento com a FMS para um acordo.

Crise no atendimento

A denúncia ocorre em um momento delicado para a instituição. Em abril deste ano, o São Marcos chegou a suspender o tratamento de mais de mil pacientes oncológicos devido à falta de medicamentos. Após a repercussão, o hospital recebeu um repasse emergencial de R$ 7,35 milhões do Ministério da Saúde, dividido em três parcelas, para garantir a retomada dos atendimentos e renegociar dívidas com fornecedores.

Tradição no tratamento do câncer

Com mais de 70 anos de história, o Hospital São Marcos é o único Centro de Alta Complexidade em Oncologia (CACOM) do Piauí, responsável por 98% do tratamento de câncer em adultos e 100% dos atendimentos pediátricos no estado.

A instituição reafirmou seu compromisso com a ética, a transparência e a saúde pública. “Nosso compromisso é com a vida e com a população piauiense”, finaliza o comunicado.

 

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