Alcolumbre diz que não pautará impeachment de Moraes, mesmo com pressão da oposição

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), afirmou nesta quarta-feira (6.ago.2025) que não colocará em pauta os pedidos de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A declaração foi feita após reunião com líderes partidários, em meio a um movimento de obstrução liderado pela oposição.

Siga-nos: Facebook | X | Instagram | Youtube

De acordo com os senadores Cid Gomes (PSB-CE) e Randolfe Rodrigues (PT-AP), Alcolumbre foi enfático ao afirmar que a decisão sobre dar andamento ou não aos pedidos cabe exclusivamente à presidência do Senado – e que não aceitará pressões externas para conduzir o tema.

Participe do nosso grupo: WhatsApp

A oposição, que ocupava a mesa diretora da Casa desde terça-feira (5), desmobilizou o protesto na manhã desta quinta-feira (7), após quase 48 horas de manifestação. O grupo exigia que Alcolumbre pautasse o impeachment de Moraes, cuja prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro inflamou a reação entre parlamentares da base bolsonarista.

Compartilhe esta notícia: WhatsApp | Facebook | X | Telegram

Bolsonaro é réu por tentativa de golpe de Estado e está sendo investigado por suposta obstrução de processo penal. A oposição alega perseguição e acusa Moraes de atuar politicamente, o que, segundo eles, justificaria o afastamento do ministro.

O líder da oposição, senador Rogério Marinho (PL-RN), afirmou que o movimento continuará, mesmo sem o compromisso imediato de Alcolumbre. “A vitória é termos conquistado mais apoios ao impeachment. É evidente que o senador Davi vai se pautar pelo ambiente político. Quando a maioria do Senado se posicionar, isso vai pesar”, declarou Marinho.

Conforme determina a Constituição Federal, cabe ao presidente do Senado a prerrogativa de aceitar ou não o andamento de processos de impeachment contra ministros do STF. Por ora, Alcolumbre mantém sua posição de não avançar com o tema. Ao ser abordado pela imprensa ao chegar ao plenário nesta manhã, resumiu-se a dizer: “Vamos trabalhar”.