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Lula diz que presidente que deixa país passar fome deveria ser 'decapitado'

Por Victoria Régia
Foto: Ricardo Stuckert/PR
Foto: Ricardo Stuckert/PR |

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, durante reunião do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), nesta terça-feira (5), que um presidente em o país ainda exista fome deveria ser "decapitado". Para ele, o combate à insegurança alimentar deve ser uma obrigação constitucional, e não apenas uma prioridade política.

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“A gente vai mudando aos poucos, mas está longe para mudar. Não é uma coisa fácil. Para a gente poder ter mais liberdade de atuação, você precisa construir mais. A gente, se deixar o governo e entrar uma coisa qualquer nesse país, a fome volta outra vez. Porque não é prioridade . Não deveria ser um compromisso do governo. Deveria ser uma obrigatoriedade constitucional. Num governo que tiver alguém passando fome, tem que decapitar o presidente”

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A fala foi feita no mesmo momento em que o petista comemorava a retirada do Brasil do Mapa da Fome da ONU (Organização das Nações Unidas), resultado alcançado após a redução da taxa de insegurança alimentar grave para menos de 2,5% da população, segundo dados da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura). Lula ressaltou que, apesar do avanço, ainda há muito a ser feito, e alertou que, se o país voltar a ser governado por um projeto que não coloque a alimentação como prioridade, a fome voltará.

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Durante o discurso, Lula também se emocionou ao lembrar da própria experiência com a fome, ainda jovem, quando trabalhava como operário em uma fábrica em São Bernardo do Campo. Ele relatou que, por diversas vezes, não tinha dinheiro para levar marmita nem para comprar comida no bar, e passava o horário de almoço apenas observando os colegas comerem. Segundo ele, ficava envergonhado de admitir que estava com fome, e retornava ao trabalho de estômago vazio. O relato o levou às lágrimas, e o presidente precisou interromper a fala por alguns instantes.

O presidente também aproveitou a ocasião para afirmar que pretende intensificar ainda mais sua atuação voltada à redução das desigualdades. Segundo ele, esse é o papel de quem já foi eleito três vezes.

“Cada vez mais eu tenho que fazer mais. Significa que cada vez vou ficar mais esquerdista, mais socialista e vou ficar achando que a gente pode mais”, afirmou.

Lula comentou ainda que pretendia transformar a semana da divulgação dos dados da ONU em uma grande comemoração nacional, mas disse que o tarifaço anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ofuscou a notícia e desviou a atenção pública.

A reunião foi realizada no âmbito do Consea, órgão responsável pela formulação e articulação de políticas públicas de segurança alimentar, com participação dos governos federal, estadual e municipal, além da sociedade civil. O colegiado desempenha papel central na coordenação de programas sociais que visam garantir o direito à alimentação no país.

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