Lula diz que o próprio salário de R$ 46 mil é pouco e critica Imposto de Renda

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta terça-feira (5/8), que o salário que recebe como chefe do Executivo federal “não é muito”. A declaração foi feita durante a abertura da 5ª reunião plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), o chamado Conselhão, retomado em seu atual governo. No evento, Lula comentou a proposta de reforma do Imposto de Renda e usou seu próprio vencimento como exemplo para criticar a desigualdade na cobrança de tributos no país.

Siga-nos: Facebook | X | Instagram | Youtube

Segundo o presidente, seu salário bruto gira em torno de R$ 46 mil, mas após os descontos, o valor líquido recebido seria de cerca de R$ 21 mil. “Não pode a pessoa que vai comprar as coisas de comer pagar o mesmo Imposto de Renda que paga o Lula. Meu salário não é muito, viu? Acho que é R$ 46 mil. Paga R$ 27 mil de Imposto de Renda, o PT me cobra R$ 4 mil na fonte. Me sobra R$ 21 mil. Não é fácil a vida”, afirmou, em tom descontraído. Ele ainda brincou sobre a impossibilidade de pedir aumento: “Ninguém me dá aumento. Eu tenho que pedir para mim mesmo. Eu me olho no espelho e falo: ‘Ô Lula, eu quero aumento’. Aí eu falo: ‘Você não vai ter’.”

Participe do nosso grupo: WhatsApp

A fala repercutiu nas redes sociais e gerou reações de internautas, especialmente por ocorrer em um momento em que o governo discute mudanças no sistema tributário, com foco na taxação dos super-ricos e na reformulação da tabela do Imposto de Renda para torná-la mais progressiva. A proposta busca aliviar a carga sobre os mais pobres e aumentar a contribuição de quem recebe mais ou possui grandes patrimônios, como parte de uma agenda de justiça fiscal.

Compartilhe esta notícia: WhatsApp | Facebook | X | Telegram

O Conselhão é composto por empresários, sindicalistas, ativistas e representantes da sociedade civil. Seu papel é assessorar o governo na formulação de políticas públicas, promovendo o diálogo entre diferentes setores. A reunião desta terça-feira contou com a presença de ministros e membros do alto escalão do governo federal.