Países pedem que Brasil retire COP30 de Belém após alta nos preços de hospedagens

Os bastidores da Convenção do Clima das Nações Unidas foram movimentados na última terça-feira (29) por uma reunião de emergência convocada pelo Grupo Africano de Negociadores. O encontro, realizado no Secretariado da ONU, jogou luz sobre uma preocupação crescente desde que Belém, no Pará, foi anunciada como sede da COP30: o aumento excessivo dos preços de hospedagem.
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Segundo relatos, os valores cobrados por hotéis e imóveis na capital paraense dispararam, chegando a cotações de até US$ 700 por pessoa por noite — o que representa quase cinco vezes a ajuda de custo diária (US$ 149) fornecida pela ONU aos delegados. A diferença coloca em risco a participação de representantes de países em desenvolvimento, que já enfrentam dificuldades financeiras para se fazerem presentes em negociações internacionais.
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A situação foi classificada como crítica por dois representantes das Nações Unidas, em entrevista à Reuters. Também ao veículo, Richard Muyungi, líder do Grupo Africano, reforçou a indignação: “Não estamos dispostos a reduzir o número de delegados. O Brasil tem alternativas para garantir uma COP mais acessível. Por isso, estamos pressionando por soluções reais, e não por limitações impostas às nossas equipes”.
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Muyungi fala em nome de um continente historicamente impactado pelas mudanças climáticas, mas que encontra barreiras estruturais para participar das decisões que moldam o futuro ambiental do planeta. Entre elas, destaca-se a dificuldade financeira de custear presença em eventos globais como a COP, especialmente diante de valores considerados proibitivos.
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