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Polícia prende ex-servidor da Strans acusado de apagar multas e gerar prejuízo de R$ 500 mil

Por Cristina
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A Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (Deccor), da Polícia Civil do Piauí, prendeu na manhã desta sexta-feira (25) Lucas Rocha Lima, ex-servidor da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) de Teresina. A prisão integra os desdobramentos da Operação Reset, que investiga um esquema de exclusão ilegal de multas de trânsito e remoção de pontos da CNH de condutores favorecidos.

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Segundo a Polícia Civil, Lucas Rocha atuava diretamente na Gerência de Gestão de Trânsito (GGT), setor responsável pelo controle de infrações, e utilizava seu próprio login para apagar multas no sistema. Sozinho, ele foi responsável por 1.628 exclusões, que geraram um prejuízo de R$ 367.486,64, cerca de 73% do total envolvido no esquema. Ele também teria realizado 419 cancelamentos fora do horário de expediente, em ações consideradas deliberadas e sem respaldo formal, 49 delas, inclusive, sem qualquer tipo de solicitação registrada.

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A investigação apontou que entre fevereiro e junho de 2024, foram eliminadas ilegalmente 2.215 multas, o que resultou na remoção de 12.393 pontos das carteiras de habilitação dos condutores beneficiados. O rombo aos cofres públicos ultrapassa R$ 503 mil.

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Lucas Rocha estava foragido desde a deflagração da operação. Equipes da Deccor monitoraram seus passos até identificarem que ele retornaria do Ceará. Ao desembarcar em Teresina, ele se apresentou na sede do departamento acompanhado de sua advogada, sendo imediatamente detido e encaminhado ao sistema prisional.

Além de Lucas, também são investigados o ex-superintendente da Strans e sobrinho do ex-prefeito Dr. Pessoa (PRD), Bruno Pessoa, e o vice-presidente da Federação de Futebol do Piauí (FFP), Daniel Araújo, ex-gerente do órgão.

Bruno Pessoa já foi ouvido e encontra-se sob monitoramento com tornozeleira eletrônica. Já Daniel Araújo, até esta sexta-feira (25), não havia comparecido para instalação do equipamento, conforme decisão judicial. “Vamos comunicar ao juiz o descumprimento e solicitar uma medida cautelar mais rigorosa”, afirmou o delegado Ferdinando Martins, responsável pela investigação, ao lado dos delegados Dênis Sampaio e Bernadete Santana.

A Polícia Civil acredita que a prisão de Lucas Rocha pode abrir caminho para novas descobertas no inquérito, com o possível envolvimento de outros servidores ou intermediários no esquema.

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