PGR pede ao STF condenação de Bolsonaro por tentativa de golpe

A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) as alegações finais no processo que investiga a tentativa de ruptura institucional liderada por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. No documento, a PGR pede a condenação de Bolsonaro por crimes como tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e participação em organização criminosa armada.
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Segundo a PGR, Bolsonaro comandou um grupo com o objetivo de desacreditar o sistema eleitoral, incentivar ataques a instituições democráticas e articular medidas de exceção. A Procuradoria afirma que o ex-presidente teve papel central na estrutura criminosa, que operava com o apoio de militares, ex-ministros e assessores próximos.
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Durante interrogatório no STF, em junho, Bolsonaro negou envolvimento em qualquer trama golpista.
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Crimes atribuídos a Bolsonaro:
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Organização criminosa armada (Lei 12.850/2013)
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Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito (art. 359-L do Código Penal)
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Tentativa de golpe de Estado (art. 359-M do CP)
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Dano qualificado contra o patrimônio da União (art. 163, parágrafo único, do CP)
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Deterioração de patrimônio tombado (Lei 9.605/1998)
Outros réus no processo:
A PGR também solicita a condenação de ex-ministros, militares e parlamentares ligados ao ex-presidente. Veja os nomes e as acusações:
Alexandre Ramagem (ex-diretor da Abin e deputado federal)
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Organização criminosa armada
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Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
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Golpe de Estado
Almir Garnier (ex-comandante da Marinha)
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Organização criminosa armada
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Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
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Tentativa de golpe de Estado
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Dano qualificado contra o patrimônio da União
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Deterioração de patrimônio tombado
Anderson Torres (ex-ministro da Justiça)
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Organização criminosa armada
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Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
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Golpe de Estado
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Dano qualificado contra o patrimônio da União
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Deterioração de patrimônio tombado
Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional)
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Organização criminosa armada
Braga Netto (ex-ministro da Defesa e candidato a vice na chapa de Bolsonaro)
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Organização criminosa armada
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Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
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Tentativa de golpe de Estado
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Dano qualificado contra o patrimônio da União
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Deterioração de patrimônio tombado
Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa)
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Organização criminosa armada
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Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
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Golpe de Estado
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Dano qualificado contra o patrimônio da União
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Deterioração de patrimônio tombado
Mauro Cid
Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid firmou acordo de colaboração com a Justiça. A PGR reconhece que ele contribuiu com informações relevantes sobre a estrutura da organização, mas aponta omissões importantes. Por isso, o Ministério Público solicita uma redução de um terço da pena, mas se opõe ao perdão judicial.
Entre os atos atribuídos a Cid estão a participação no planejamento do golpe de Estado, ataques às instituições como STF e TSE e a disseminação de desinformação sobre as eleições.
Fonte: G1
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