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Recém-nascida morre após parto em hospital sem estrutura em Prata do Piauí

Por Bruna Dias
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução |

A morte da recém-nascida Ayla Sophia, ocorrida no último sábado (28), no município de Prata do Piauí, gerou grande comoção e revolta entre os moradores. A bebê não resistiu após complicações no parto realizado na Unidade Mista Dr. Erlon Constantino de Aguiar, hospital municipal da cidade. A mãe, de 22 anos, estava com uma gestação de risco e já havia ultrapassado os nove meses de gravidez.

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Segundo relatos de testemunhas, a jovem buscou atendimento no hospital municipal diante das complicações, e havia a indicação para transferência para uma unidade de saúde com melhores recursos em outro município. No entanto, profissionais da unidade decidiram realizar o parto ali mesmo, apesar da estrutura precária.

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Durante o procedimento, a criança teria nascido em posição incorreta e faleceu pouco tempo depois. Ainda conforme os relatos, no momento do parto não havia ambulância disponível para transferência. Uma viatura de São Miguel da Baixa Grande chegou a ser solicitada, mas não chegou a tempo. Além disso, o único cilindro de oxigênio disponível no hospital estava sendo usado por uma idosa — bisavó da criança — que estava internada. O equipamento chegou a ser retirado da idosa e utilizado na tentativa de salvar a recém-nascida, colocando em risco também a vida da idosa, que sobreviveu.

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Demora em resposta oficial revolta moradores

A prefeitura de Prata do Piauí demorou três dias para se pronunciar oficialmente sobre o caso, o que aumentou o sentimento de indignação da população. A nota de esclarecimento, divulgada apenas na terça-feira (1º), reconhece o ocorrido como um “lamentável fato” e promete uma apuração rigorosa.

Na nota, a Secretaria Municipal de Saúde afirma ter iniciado um levantamento detalhado sobre o atendimento prestado à parturiente e à bebê. Também foram anunciadas medidas como:

  • Identificação dos profissionais envolvidos;

  • Revisão dos protocolos obstétricos e neonatais;

  • Reforço na triagem e classificação de risco;

  • Avaliação das condutas médicas, com possível responsabilização nos conselhos de classe.

A gestão municipal, contudo, isentou-se de responsabilidade direta sobre as decisões clínicas individuais dos profissionais de saúde, atribuindo a eles a responsabilidade legal de suas ações.

Clamor por justiça

O caso provocou protestos informais nas redes sociais e entre moradores de Prata do Piauí, que cobram melhorias urgentes na estrutura hospitalar da cidade, especialmente nos atendimentos de gestantes e recém-nascidos. Familiares da vítima denunciam negligência e querem responsabilização dos envolvidos.

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