Mulheres do Piauí têm mais filhos que a média nacional e nordestina, aponta IBGE

Dados divulgados nesta quinta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base no Censo Demográfico 2022, revelam que o Piauí mantém uma taxa de fecundidade total superior às médias do Brasil e da região Nordeste. Em média, as mulheres piauienses têm 1,66 filho ao longo da vida reprodutiva, enquanto a média nacional é de 1,55 e a nordestina, de 1,60.
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A taxa de fecundidade total representa o número médio de filhos por mulher ao longo da vida fértil, considerando as taxas específicas por idade. No cenário regional, o Piauí ficou atrás apenas de Alagoas (1,77) e Maranhão (1,75), entre os estados nordestinos. Nacionalmente, os maiores índices foram registrados em Roraima (2,19), Amazonas (2,08) e Acre (1,90), enquanto os menores ocorreram no Rio de Janeiro (1,35), Distrito Federal (1,38) e São Paulo (1,39).
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Apenas Roraima ultrapassou o chamado “nível de reposição populacional”, estimado em 2,1 filhos por mulher — valor necessário para manter a população estável ao longo do tempo, desconsiderando efeitos de migração.
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Outro dado que chama atenção é o crescimento da proporção de mulheres que encerram a vida fértil sem ter filhos. No Piauí, esse percentual era de 10,8% em 2010 e subiu para 13,9% em 2022. No Brasil, o salto foi ainda maior: de 11,8% para 16,1% no mesmo período, refletindo transformações no perfil reprodutivo feminino, maior acesso à educação, mudanças nos projetos de vida e maior inserção das mulheres no mercado de trabalho.
Além disso, o levantamento aponta que as mulheres piauienses estão adiando a maternidade. Em 2010, a idade média em que as mulheres do estado tinham filhos era de 25,9 anos. Já em 2022, essa média passou para 27,4 anos, acompanhando uma tendência nacional de postergação da maternidade.
Dos 27 estados brasileiros, 19 apresentaram taxas de fecundidade superiores à média nacional e oito ficaram abaixo. Os dados do IBGE revelam um panorama dinâmico das transformações sociais, culturais e econômicas que impactam diretamente o comportamento reprodutivo das brasileiras — e o Piauí é parte significativa desse cenário.
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