Lula reage à derrubada do IOF com charge e defende 'sistema mais justo'

Após o Congresso Nacional impor derrota do governo ao derrubar o decreto que aumentava as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se manifestou nas redes sociais para reafirmar o compromisso do governo com a reforma tributária e a busca por justiça fiscal.
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Na publicação feita nesta quarta-feira (26), Lula criticou os privilégios mantidos no sistema tributário brasileiro e defendeu a progressividade dos impostos como forma de corrigir o que chamou de "injustiça histórica".
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“Muita gente está falando em imposto no Brasil nos últimos dias. É importante entender o que de fato está sendo proposto. O Governo Federal quer fazer mudanças tributárias combatendo privilégios e injustiças. É tornar o sistema mais justo”, escreveu.
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A mensagem foi acompanhada por uma charge em formato de história em quadrinhos, na qual dois personagens debatem as propostas do governo para o sistema tributário. Um deles admite desconhecer o conteúdo das propostas, enquanto o outro explica a lógica da cobrança proporcional.
“Quem tem mais, paga mais. Quem tem menos, paga menos”, disse.
Na avaliação do presidente, esse princípio representa a justiça fiscal que a gestão pretende implementar.
“Assim, corrigimos uma injustiça histórica, equilibramos o sistema e garantimos que os super-ricos contribuam de forma mais justa com o país”, afirmou Lula.
A publicação ocorre em meio às repercussões da derrota sofrida pelo governo no Congresso. Na terça-feira (25), deputados e senadores aprovaram um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que revoga o aumento das alíquotas do IOF — medida anunciada pelo governo em maio como forma de reforçar o caixa da União. Na Câmara, inclusive, a derrubada contou com 242 votos favoráveis, muitos deles de partidos que compõem a base aliada e que ocupam ministérios.
Com a revogação, o governo federal poderá ser forçado a promover um novo contingenciamento de recursos, estimado em cerca de R$ 12 bilhões, para cumprir as metas fiscais estabelecidas.
A reforma tributária é uma das principais bandeiras do governo Lula no terceiro mandato. A proposta busca, entre outros pontos, simplificar o sistema de cobrança de tributos e redistribuir a carga tributária para que contribuintes de alta renda e patrimônio contribuam de forma proporcional à sua capacidade econômica. A medida, no entanto, enfrenta resistências políticas, especialmente quando afeta setores com forte lobby no Congresso.
A equipe econômica, liderada pelo ministro Fernando Haddad, deve reavaliar as estratégias de arrecadação e seguir dialogando com o Legislativo para viabilizar as próximas etapas da reforma.
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