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Rio Grande do Sul é o estado com maior numero de adeptos da Umbanda e Candonblé

Por Cristina
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O Rio Grande do Sul é o estado brasileiro com maior proporção de seguidores de religiões de matriz africana, segundo os dados do Censo 2022 divulgados nesta sexta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ao todo, 3,2% da população gaúcha — mais de 306 mil pessoas — se declaram praticantes de crenças como umbanda, candomblé e vertentes regionais, como o batuque.

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O número é mais de três vezes superior à média nacional, que aponta 1% da população brasileira como adepta dessas religiões.

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De acordo com o IBGE, o avanço territorial dessas crenças é significativo: em 2010, 3,9 mil municípios não registravam nenhum adepto de religiões afro-brasileiras. Em 2022, esse número caiu quase pela metade, para 1,8 mil cidades. As regiões Sul e Sudeste apresentaram o crescimento mais expressivo, saltando de 0,64% para 1,6% e de 0,38% para 1,4%, respectivamente. Já a região Norte segue com a menor presença (0,3%), onde o avanço de grupos evangélicos tem sido mais acentuado.

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A raça e cor dos praticantes também foi analisada. Segundo o levantamento, 56% se autodeclaram pretos (23%) ou pardos (33%), enquanto os brancos representam 42%, uma queda em relação aos 48% registrados em 2010. Indígenas e amarelos somam 0,3% dos seguidores dessas religiões.

Especialistas atribuem esse crescimento a uma maior valorização da ancestralidade africana, bem como ao enfrentamento ao preconceito religioso, que por muito tempo levou praticantes a esconderem sua fé. O IBGE aponta ainda que parte desses adeptos pode ter migrado de outras crenças, como o catolicismo e o espiritismo, o que reflete uma identificação mais consciente com suas raízes culturais.

Desde o Censo de 2010, o Rio Grande do Sul já se destacava no ranking nacional, com 1,47% da população adepta dessas religiões, à frente da média nacional na época, de apenas 0,3%.

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