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Corte em forma? Criação de academia no TRT-22 vira alvo de críticas e acusações

Por Victoria Régia
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação |

Durante sessão realizada no Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região (TRT-22 PI), o desembargador Arnaldo Boson Paes fez duras críticas à criação de uma academia de ginástica no 10º andar da sede do tribunal, formalizada pelo Ato 86/2025, assinado pelo presidente da Corte, Téssio da Silva Tôrres. O espaço, anteriormente destinado a atividades institucionais voltadas a servidores, magistrados e colaboradores, foi convertido em um Centro de Treinamento da Polícia Judicial.

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Segundo Boson Paes, a aquisição de equipamentos “sofisticados” foi realizada sem justificativa de necessidade institucional e configura um erro de gestão. Em voto divergente, o desembargador defendeu que os aparelhos sejam doados a uma instituição pública ou de relevância social no Estado do Piauí, conforme previsto na Lei 14.133/2021 (Nova Lei de Licitações) e no Decreto 9.373/2018, além de invocar os princípios constitucionais da legalidade, moralidade e eficiência.

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“A Corte não precisa de uma academia de ginástica. Precisamos ter a humildade e a serenidade de reconhecer que houve erro, e é nosso dever corrigi-lo”, declarou o magistrado em tom crítico.

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A sessão ganhou contornos mais acalorados quando Boson Paes acusou o presidente Téssio Tôrres de tentar manipular a pauta e evitar a deliberação do plenário sobre o tema. “Só vejo isso na Câmara de Vereadores do município mais longínquo dos sertões profundos do Piauí. Isso não é digno. Isso não é adequado a uma corte de Justiça”, disparou.

Apesar da tensão, o presidente do TRT-PI decidiu adiar a discussão e não colocou o projeto em votação, ampliando a polêmica em torno da gestão administrativa da Corte.

O caso expõe uma crise interna no tribunal e levanta questionamentos sobre o uso de recursos públicos em projetos considerados de baixa prioridade frente às demandas estruturais do Judiciário trabalhista no Piauí.

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