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Lula perde 1 milhão de seguidores em meio a escândalos e falas de Janja

Por Victoria Régia
Foto: Ricardo Stuckert / PR
Foto: Ricardo Stuckert / PR |

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrenta o pior momento de popularidade desde o início do mandato, refletido tanto nas redes sociais quanto em pesquisas de opinião pública. Entre janeiro e maio deste ano, os perfis oficiais do presidente perderam 1 milhão de seguidores, segundo levantamento da agência Ativaweb. O cenário digital adverso acompanha uma sequência de episódios negativos, incluindo um escândalo de fraudes no INSS, o aumento do IOF e declarações controversas da primeira-dama, Janja da Silva.

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Apenas em abril, durante a deflagração da operação da Polícia Federal que revelou um esquema de descontos indevidos em aposentadorias, Lula perdeu 240 mil seguidores. Nesse período, 79% das 2,8 milhões de menções ao presidente nas redes sociais foram negativas. Palavras como “roubo”, “despreparo” e “omissão” dominaram os comentários.

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O desgaste persistiu em maio, com nova queda de 190 mil seguidores, impulsionada pela reação ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Nesse episódio, 89% das menções ao presidente tiveram conotação negativa, sendo o impacto mais intenso no Nordeste, reduto histórico do PT, que concentrou 28,4% das críticas.

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Além dos fatores políticos e econômicos, a imagem do governo também tem sido afetada por declarações da primeira-dama. Durante um jantar oficial com o presidente da China, Xi Jinping, Janja afirmou que o TikTok era prejudicial à saúde mental dos jovens. A fala gerou 73% de rejeição nas redes sociais. Posteriormente, ao demonstrar simpatia pelo modelo chinês de censura digital, voltou a ser criticada: 35% das menções foram negativas, contra apenas 13,6% positivas.

Desaprovação em Alta

A deterioração da imagem do governo também se reflete nas pesquisas. De acordo com levantamento da AtlasIntel divulgado na última sexta-feira (30), a desaprovação ao governo Lula atingiu 53,7% em maio — o índice mais alto desde o início do atual mandato. A avaliação pessoal do presidente seguiu a mesma tendência, alcançando 54%, um crescimento de sete pontos percentuais em relação a abril.

O agravamento coincide com o avanço das investigações sobre o esquema de fraudes no INSS. A corrupção, segundo a pesquisa, passou a ser percebida como o principal problema do país, citada por 60% dos entrevistados — superando a criminalidade, que aparece com 47%.

A aprovação do presidente caiu de 46,1% em abril para 45,4% em maio. Já a proporção dos que classificam o governo como “ruim” ou “péssimo” subiu de 47,7% para 52,1%. Apesar do cenário negativo, a parcela que considera a gestão “ótima” ou “boa” teve leve alta, passando de 40,2% para 41,9%.

Momento Crítico

Em abril de 2024, a realidade era oposta: 50,3% aprovavam o governo e 43,4% desaprovavam. Pouco mais de um ano depois, Lula enfrenta uma curva de desgaste contínua, intensificada por crises simultâneas em diferentes frentes.

Com a popularidade em queda e críticas crescentes até mesmo em regiões tradicionalmente aliadas, o governo tenta conter os danos enquanto avalia mudanças na comunicação e na articulação política.

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