Adolescente é alvo de operação por apologia ao nazismo e incitação à automutilação no Piauí

Um adolescente de 17 anos teve o celular apreendido em Oeiras, no Sul do Piauí, por suspeita de integrar um grupo criminoso envolvido com apologia ao nazismo, incitação à automutilação e outras práticas ilícitas contra crianças e adolescentes na internet. A ação fez parte da Operação Mão de Ferro 2, deflagrada nesta terça-feira (27) pelas polícias civis de 13 estados, em parceria com o Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).
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No caso do Piauí, o mandado foi cumprido de forma antecipada, no último dia 20. Segundo o delegado Yan Brayner, diretor de Inteligência da Polícia Civil do Piauí (PCPI), a análise do celular do jovem revelou indícios de participação nos crimes investigados e ainda apontou a atuação dele em fraudes como clonagem de cartão e envolvimento com grupos extremistas nas plataformas Discord, Telegram e Instagram.
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“O material encontrado confirmou as suspeitas de que o adolescente participava ativamente dessas comunidades online que disseminam discurso de ódio, incitam o suicídio e promovem ataques virtuais contra meninas”, explicou o delegado.
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Todo o material probatório já foi encaminhado ao Ministério Público, que analisará o caso e decidirá se propõe uma ação judicial ou se aplicará medidas socioeducativas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), como acompanhamento psicológico ou prestação de serviços à comunidade.
A operação nacional também cumpriu outros 21 mandados de busca, apreensão, prisão temporária e internação socioeducativa nos estados do Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Rio Grande do Sul, Sergipe e São Paulo.
Adolescente de 15 anos seria o líder do grupo
Entre os alvos da operação está um adolescente de 15 anos, apontado como o líder do grupo criminoso. Ele foi apreendido no estado do Mato Grosso. O jovem já havia sido investigado anteriormente por promover práticas de automutilação entre adolescentes e por fazer apologia ao nazismo em operações anteriores.
O grupo atuava de forma coordenada na internet, cometendo crimes graves como:
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Promoção da automutilação e do suicídio entre jovens;
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Perseguição, ameaças e discursos de ódio;
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Produção e compartilhamento de conteúdo de abuso sexual infantil;
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Apologia ao nazismo;
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Invasão de sistemas e acesso ilegal a bancos de dados públicos.
A Polícia Civil e o Ministério da Justiça destacaram que a operação busca combater crimes virtuais que colocam em risco a vida e o bem-estar de crianças e adolescentes, e reforçam a importância da denúncia e do monitoramento de atividades suspeitas nas redes.
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