Bebê de 1 ano é deixado em boca de fumo como garantia de dívida de R$ 150

Um caso chocante de abandono foi registrado em Sarandi, no norte do Paraná, onde um bebê de apenas 1 ano e 2 meses foi deixado em uma boca de fumo como garantia de pagamento de uma dívida de R$ 150. O resgate da criança foi feito pelos tios, que, preocupados com a situação, procuraram o Conselho Tutelar da cidade na última sexta-feira (16).
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Dívida de drogas e a 'penhora' do bebê
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Segundo o Conselho Tutelar, os tios do bebê souberam que a criança estava sendo mantida no ponto de drogas após os pais, usuários de substâncias ilícitas, não conseguirem quitar a dívida com traficantes. Determinados a resgatar o sobrinho, eles foram até o local e, após diversas tentativas e dificuldades, conseguiram retirar a criança à força, sem pagar a dívida.
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De acordo com o conselheiro Valdir Costa, o valor da dívida estava em torno de R$ 150, e a situação se tornou mais dramática devido à dependência dos pais da criança. "Infelizmente, é um fato que vem sendo recorrente, com muitos casos envolvendo pais usuários de drogas", lamentou Costa.
Situação desesperadora
Além do bebê, os pais têm outros dois filhos, de 6 e 11 anos, que são cuidados pela avó devido à situação de abandono e descuido. O conselheiro relatou que os pais vivem nas ruas da cidade e têm uma vida marcada pelo consumo de drogas. A criança resgatada foi entregue aos tios, que agora ficaram com a guarda provisória, sob a responsabilidade do Conselho Tutelar. A Vara da Infância e do Adolescente também foi comunicada para definir a guarda definitiva.
Investigação em curso
A Polícia Civil de Sarandi está investigando o caso, com a abertura de um inquérito para apurar o abandono da criança e os crimes envolvidos. O delegado Adriano Garcia destacou a gravidade da situação e anunciou que será investigado também o crime de sequestro, pois os traficantes inicialmente se recusaram a devolver o bebê, além da venda de drogas no local.
“A coisificação do ser humano é uma questão absurda gerada pelo vício. Chegar ao ponto de colocar uma recém-nascida como penhora é algo inaceitável”, afirmou o delegado. Ele também destacou a necessidade de apurar a responsabilidade dos pais, que podem ser indiciados por abandono de incapaz, além dos traficantes envolvidos na negociação da criança como "garantia" do pagamento da dívida.
Fonte: G1
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