Federação de Motociclismo do Piauí defende legalização do 'grau' como modalidade desportiva

O presidente da Federação de Motociclismo do Piauí, Zenardo Maia, defendeu a legalização do "grau" — prática popular entre motociclistas que consiste em manobras com a moto empinada — como uma modalidade esportiva regulamentada. Segundo ele, o objetivo é diferenciar o esporte da prática ilegal e perigosa em vias públicas, muitas vezes associada à criminalidade.

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“Então, eu quero fazer um evento de wheeling legalizado. Eu tenho que primeiro entrar em contato com a Federação. A Federação passa as normas técnicas. Ele cumpre as normas através do compromisso. Assinou o contrato das normas, aí ele vai pedir autorização ao poder público com alvará. Esse é o processo”, explicou Zenardo Maia.

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O dirigente destacou que a legalização do esporte depende de uma série de etapas, incluindo a definição e regulamentação do espaço adequado para a prática. Para ele, a criação de pistas apropriadas e a formalização dos eventos são essenciais para profissionalizar a atividade.

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Durante sua fala, ele também comentou sobre a confusão comum entre os termos “grau” e “wheeling”. Segundo o presidente, o nome “grau” ganhou tanta popularidade que está praticamente substituindo o nome original da categoria, o “wheeling”, que surgiu nos Estados Unidos na década de 1970 e já conta com competições organizadas ao redor do mundo.

“A Confederação Brasileira, ela se posiciona a favor do esporte. E isso a gente não abre mão. Certo? Agora, da arruaça, do crime, da infração, isso nós estamos contra. A gente separa bem a coisa. Uma coisa é a atividade desportiva”, pontuou Zenardo Maia.

Ele ainda reforçou o potencial econômico do motociclismo desportivo, que movimenta milhões de reais no Brasil, gerando emprego, renda e oportunidades. “O motociclismo tem que ser visto como atividade desportiva que gera milhões de reais em trabalho, em lucro e renda para o nosso país.”

A proposta de regulamentação do "grau" como prática desportiva é um tema que promete gerar debate entre autoridades, organizadores de eventos, pilotos e a sociedade civil, buscando o equilíbrio entre a liberdade de expressão esportiva e a segurança pública.