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PF indicia Tatiana Medeiros por compra de votos, organização criminosa e lavagem de dinheiro

Por Bruna Dias
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A Polícia Federal do Piauí indiciou, nesta quarta-feira (16), a vereadora Tatiana Medeiros (PSB) pelos crimes de organização criminosa, compra de votos, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, apropriação indébita e peculato-desvio ('rachadinha'). A vereadora, que está presa há 13 dias, é acusada de ter a campanha custeada com recursos ilícitos oriundos de facção criminosa, bem como de desvios de recursos públicos de uma instituição não governamental.

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O delegado da PF, Daniel Alves, responsável pelo inquérito, também indiciou o namorado de Tatiana, Alandilson Cardoso, que encontra-se preso em Minas Gerais, e o padrasto dela, Stênio Santos, que, assim como a vereadora, responde por uma série de crimes. Ambos são acusados de envolvimento no esquema de corrupção e atividades ilícitas que estão sendo investigadas.

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Crimes e indiciamentos

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Tatiana Medeiros enfrentará acusações graves, incluindo:

  • Organização Criminosa (Lei nº 12.850/2013, art. 2º);

  • Corrupção Eleitoral (art. 299 do Código Eleitoral);

  • Falsidade Ideológica Eleitoral (art. 350 do Código Eleitoral);

  • Lavagem de Dinheiro (Lei nº 9.613/1998, art. 1º);

  • Apropriação Indébita (art. 168 do Código Penal);

  • Peculato-desvio ('Rachadinha') (art. 312 do Código Penal).

Alandilson Cardoso, o namorado da vereadora, responde pelos seguintes crimes:

  • Organização Criminosa (Lei nº 12.850/2013, art. 2º);

  • Corrupção Eleitoral (art. 299 do Código Eleitoral);

  • Lavagem de Dinheiro (Lei nº 9.613/1998, art. 1º);

  • Usura (art. 4º do Decreto-Lei nº 1.521/1951);

  • Violação do Sigilo do Voto (art. 312 do Código Eleitoral).

Já Stênio Ferreira Santos, padrasto de Tatiana, também será responsabilizado por crimes semelhantes, incluindo:

  • Organização Criminosa (Lei nº 12.850/2013, art. 2º);

  • Corrupção Eleitoral (art. 299 do Código Eleitoral);

  • Lavagem de Dinheiro (Lei nº 9.613/1998, art. 1º);

  • Usura (art. 4º do Decreto-Lei nº 1.521/1951);

  • Apropriação Indébita (art. 168 do Código Penal);

  • Peculato-desvio ('Rachadinha') (art. 312 do Código Penal);

  • Violação do Sigilo do Voto (art. 312 do Código Eleitoral).

Investigação

A investigação apontou indícios de que a campanha eleitoral da parlamentar foi custeada com recursos ilícitos oriundos de facção criminosa, bem como de desvios de recursos públicos de uma instituição não governamental.

A quebra do sigilo telefônico dos alvos da Operação Escudo Eleitoral trouxe à tona diálogos comprometedores envolvendo a vereadora Tatiana Medeiros. Em uma das conversas interceptadas, o namorado da parlamentar, Alandilson Cardoso Passos — atualmente preso em Minas Gerais — afirma ter investido mais de R$ 1 milhão na campanha de Tatiana. Em seguida, ele comemora o resultado nas urnas, dizendo que “agora tem a vereadora na câmara para ajudar, que estão com um mandato lá”.

Tatiana está custodiada em um alojamento da Polícia Militar, no Quartel do Comando Geral. Ela foi afastada de suas funções na Câmara Municipal de Teresina pela Justiça Eleitoral. 

Operação contra assessores

A Polícia Federal cumpriu, nesta segunda-feira (14/4), três mandados judiciais em Teresina, como parte da investigação que apura a atuação de facções criminosas no processo eleitoral das Eleições Municipais de 2024.

Foram cumpridas medidas de afastamento e proibição de acesso ou frequência às dependências da Câmara Municipal de Teresina, além da proibição de contato com outros servidores do órgão.

Os cargos de Assessor Especial da Presidência e duas assessorias parlamentares eram ocupados por pessoas relacionadas à vereadora Tatiana Medeiros que foi presa na segunda fase da Operação Escudo Eleitoral, deflagrada no último dia 3 de abril.

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