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Adolescente que ameaçou delegado no Piauí pede desculpas e nega plano de assassinato

Por Cristina
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Após ser alvo de uma operação policial por ameaçar o delegado Matheus Zanatta nas redes sociais, um adolescente de 15 anos foi ouvido nesta terça-feira (15) na sede da Secretaria de Segurança Pública do Piauí. Acompanhado da mãe, ele negou a existência de qualquer plano de assassinato e pediu desculpas públicas ao superintendente de Operações Integradas da Polícia Civil.

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“Quero pedir mil desculpas ao delegado Matheus Zanatta por ter feito essa ameaça. Não sou disso! Não bebo, não fumo, não faço nada de errado. Foi uma barbaridade o que fiz”, declarou o menor em um vídeo publicado no Instagram — a mesma plataforma usada para enviar a mensagem ameaçadora: “Tu vai morrer, satanás. Tamo formando um plano aqui, satanás.”

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A investigação sobre o caso teve início na segunda-feira (14), quando a Polícia Civil cumpriu mandado de busca e apreensão na casa do jovem, no município de Beneditinos, interior do Piauí. Durante a ação, foram apreendidos um celular, que será periciado, e uma motocicleta sem placa, suspeita de ser usada em manobras perigosas conhecidas como “grau” — prática intensamente combatida pela operação Rolezinho, coordenada justamente pelo delegado ameaçado.

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Segundo o delegado Roni da Rocha, responsável pelo inquérito, foi lavrado um Boletim de Ocorrência Circunstanciado (BOC), com prazo de 30 dias para conclusão. Ele afirma que o adolescente poderá responder por ato infracional análogo a ameaça, além de outras possíveis infrações ligadas ao uso da motocicleta. “A tipificação exata dependerá da análise dos dados extraídos do celular apreendido”, explicou.

A mãe do adolescente demonstrou surpresa com a gravidade do caso. Emocionada, relatou dificuldades no relacionamento com o filho e afirmou que já tentava alertá-lo sobre as más companhias. “Eu já vinha repreendendo ele, mas não me escutava. Nunca imaginei que chegaria a esse ponto”, lamentou.

O adolescente, segundo os policiais que participaram da operação, recebeu a equipe com frieza e demonstrou pouca emoção durante o interrogatório. Questionado sobre a motivação da ameaça, afirmou apenas que “não sabe explicar”.

O delegado Roni da Rocha reforçou a importância do acompanhamento parental e da conscientização sobre o uso responsável das redes sociais. “A investigação agora busca entender as motivações reais do ato e se houve incentivo de terceiros. É fundamental que os pais estejam atentos às atividades online dos filhos e mantenham o diálogo constante para evitar envolvimento com práticas ilícitas”, concluiu.

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