Estudo da USP conclui que máscaras não impedem a transmissão da covid-19

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) divulgaram um estudo que questiona a eficácia do uso de máscaras na prevenção da transmissão da covid-19. Publicada em 12 de março de 2023, a pesquisa analisou dados de 24 países europeus entre 2020 e 2021.
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O estudo foi conduzido pelos cientistas Daniel V. Tausk, do Departamento de Matemática, e Beny Spira, do Departamento de Microbiologia, que investigaram a relação entre o uso de máscaras em nível populacional e o excesso de mortalidade pela doença.
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A pesquisa revela que, enquanto países como Itália, Espanha e Portugal adotaram medidas rigorosas de uso de máscaras já na primavera de 2020, outros como Noruega e Holanda só implementaram essas políticas no inverno de 2020-2021. Um terceiro grupo, composto por Dinamarca e Suécia, manteve uma baixa adesão ao uso de máscaras ao longo de todo o período analisado. Surpreendentemente, os países que adotaram o uso de máscaras de forma menos intensiva (Noruega, Holanda, Dinamarca e Suécia) apresentaram melhores resultados em termos de mortalidade do que aqueles que impuseram o uso obrigatório, como Itália, Espanha e Portugal.
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Além disso, os pesquisadores apontam que o uso prolongado de máscaras pode ter gerado efeitos adversos nos indivíduos infectados, como a reinalação de partículas virais, o que poderia ter contribuído para a manutenção do vírus por mais tempo no organismo e sua disseminação para outras pessoas.
Principais conclusões do estudo:
- Não foi observada qualquer correlação entre o uso de máscaras e a redução da morbidade da covid-19, ou seja, o uso de máscaras não demonstrou eficácia em diminuir o número de casos da doença;
- Foi identificada uma correlação positiva entre o uso de máscaras e o aumento do excesso de mortalidade ajustado por idade. Países com maior adesão ao uso de máscaras registraram taxas mais altas de mortes excessivas;
- O estudo sugere que o uso prolongado de máscaras poderia ter efeitos adversos, como a reinalação de partículas virais, prolongando a infecção e favorecendo sua disseminação;
- Os achados são consistentes com revisões sistemáticas anteriores, que apontaram a falta de evidências conclusivas sobre a eficácia das máscaras na prevenção da transmissão viral em nível populacional;
- Por se tratar de um estudo observacional retrospectivo, não é possível estabelecer uma relação causal direta entre o uso de máscaras e o aumento da mortalidade, mas a correlação encontrada sugere a necessidade de mais investigações sobre o tema.
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