Federação pode tornar PP e União Brasil o maior grupo na Câmara dos Deputados

A bancada do Progressistas (PP) aprovou, nessa terça-feira (18), por unanimidade, a formação de uma federação partidária com o União Brasil (UB). A decisão agora aguarda a deliberação interna do partido liderado por Antônio de Ruela.

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Inicialmente, a federação contaria também com os Republicanos, partido do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (PB). No entanto, a bancada rejeitou a aliança e optou por seguir de forma independente.

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“De maneira quase unânime, entendemos ser melhor que os republicanos sigam independentes”, afirmou Marcos Pereira, presidente do partido, em suas redes sociais.

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Caso se concretize, a federação entre PP e UB se tornaria o maior grupo político na Câmara dos Deputados, com 106 parlamentares. Atualmente, as maiores bancadas são: o PL, com 99 deputados; uma federação formada por PT, PCdoB e PV, com 80 deputados; o União Brasil, com 59 deputados; e o PP, com 47 deputados.

Segundo Ciro Nogueira, presidente do PP, o comando da federação será exercido de forma intercalada, sem objeções para que Arthur Lira (PP-AL), ex-presidente da Câmara dos Deputados, assuma a chefia inicialmente.

Ter a maior bancada na Câmara garante preferência na escolha do comando das comissões. Além disso, a união ampliaria o número de prefeitos, vereadores e governadores, fortalecendo as siglas envolvidas.

Atualmente, há duas formas de os partidos se unirem para disputar as eleições: coligações e federações. Desde 2017, as coligações foram extintas para eleições proporcionais, sendo permitidas apenas em eleições majoritárias.

A principal diferença entre as duas modalidades é o período mínimo de união: as federações devem permanecer unidas por, no mínimo, quatro anos, enquanto as coligações valem apenas para o período eleitoral. Além disso, as federações têm abrangência nacional e um estatuto próprio, enquanto as coligações podem ser regionais e não possuem um estatuto específico.

Atualmente, estão em vigor três federações: PT-PCdoB-PV , REDE-PSOL e PSDB-Cidadania .

Fonte: Carta Capital