Dólar bate novo recorde e fecha em alta atingindo R$ 6,20

Em um dia marcado por forte volatilidade, o dólar encerrou esta terça-feira (17) em leve alta, atingindo um novo recorde de cotação: R$ 6,0956.
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Pela manhã, a moeda norte-americana disparou e chegou a ultrapassar a marca dos R$ 6,20, impulsionada pela piora das expectativas do mercado em relação ao pacote fiscal do governo, que ainda aguarda votação no Congresso. Apesar de intervenções do Banco Central, que realizou vendas de dólares no mercado, a alta foi apenas amenizada, levando a moeda a recuar para a casa dos R$ 6,12.
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O cenário mudou somente no final da tarde, após o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, anunciar que uma das propostas do pacote fiscal seria votada ainda nesta terça-feira. A notícia trouxe alívio momentâneo ao mercado, permitindo que o dólar recuasse para abaixo de R$ 6,10.
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A cotação máxima do dia foi de R$ 6,2065, refletindo a apreensão dos investidores diante do cenário econômico e fiscal do país.
Os fatores que impulsionaram o dólar
A alta expressiva pela manhã foi provocada pela piora do humor do mercado financeiro, em função das incertezas sobre o pacote de cortes de gastos enviado pelo governo ao Congresso. O objetivo do pacote é economizar R$ 70 bilhões nos próximos dois anos e R$ 375 bilhões até 2030.
O governo enfrenta a necessidade de controlar os gastos públicos para cumprir a meta de zerar o déficit fiscal nos próximos dois anos, como previsto no novo arcabouço fiscal — o conjunto de regras para o equilíbrio das contas públicas. A partir de 2026, o objetivo é que o governo comece a registrar superávit, arrecadando mais do que gasta, para conter o crescimento da dívida pública.
No entanto, os investidores demonstraram ceticismo quanto à capacidade das medidas propostas pelo governo de controlar a dívida no longo prazo. O mercado esperava que o pacote incluísse ajustes em despesas estruturais, como Previdência Social, benefícios vinculados ao salário mínimo e pisos constitucionais para saúde e educação, o que não ocorreu.
A combinação de dúvidas sobre o alcance das medidas fiscais e a incerteza política em torno da aprovação do pacote no Congresso alimentaram a turbulência cambial observada ao longo do dia.
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