Arcebispo pede a renúncia do papa Francisco por encobrir abusos

O ex-núncio (embaixador) nos Estados Unidos Carlo Maria Viganò, de 77 anos, pediu em carta de 11 páginas, a renúncia do papa Francisco. Ele acusa o papa de encobrir casos de abusos sexuais cometidos pelo cardeal Theodore McCarrick.
Siga-nos: Facebook | X | Instagram | Youtube
A carta se baseia em acusações pessoais e o prelado não apresentou nenhuma documentação ou prova das mesmas. O ex-embaixador do Vaticano escreveu que Francisco conheceu o caso em 23 de junho de 2013 porque ele mesmo o comunicou e, mesmo assim, o papa “seguiu encobrindo o cardeal ex-arcebispo de Washington, McCarrick”.
Participe do nosso grupo: WhatsApp
Em junho, McCarrrick, de 88 anos, foi afastado do colégio cardinalício e o papa argentino “dispôs sua suspensão para exercer publicamente seu ministério sacerdotal, assim como a obrigação de que permaneça em uma residência que lhe será atribuída para uma vida de oração e penitência”.
Compartilhe esta notícia: WhatsApp | Facebook | X | Telegram
Viganò explicou na carta que foi o próprio pontífice quem lhe perguntou em 2013: “Como é o cardeal McCarrick?”, e que informou ao pontífice que ex-arcebispo de Washington “corrompeu gerações de seminaristas e sacerdotes e o papa Bento XVI ordenou que ele se retirasse para uma vida de oração e penitência”, e acrescentou que havia um relatório de tudo na congregação para os bispos.
“No entanto, Francisco fez dele o seu fiel conselheiro junto com Maradiaga (Óscar Andrés Rodríguez, cardeal hondurenho) (…) Só quando foi obrigado pela denúncia de um menor, e sempre em função do aplauso dos meios de comunicação, tomou medidas para, assim, proteger sua imagem midiática”, acusou Viganò.
O arcebispo italiano considera que a carta foi ditada por sua consciência para que todos saibam que “a corrupção alcançou o topo da hierarquia eclesiástica” e pediu a Francisco, e a todos os envolvidos no acobertamento do caso McCarrick, que renunciem.
Viganò destacou que enviou vários relatórios sobre a conduta do ex-arcebispo de Washington, mas que foi ignorado pelos respectivos secretários de Estado de João Paulo II e Bento XVI, os cardeais Angelo Sodano e Tarcisio Bertone.
O ex-núncio também acusou o atual arcebispo de Washington, Donald Wuerl, sucessor de McCarrick, de conhecer as acusações, pois disse que ele mesmo o informou sobre o assunto em várias ocasiões.
Viganò fez acusações contra vários prelados pertencentes à ala mais progressista e próxima de Francisco, como o cardeal Maradiaga, e garantiu que também tem “relatórios” contra o recém-nomeado substituto para os Assuntos Gerais da Secretaria de Estado do Vaticano, o venezuelano Edgar Peña Parra.
Fonte: Exame
Comente
-
PRF prende motociclista por dirigir alcoolizado na BR-316, em Barro Duro-PI
-
Homem é preso suspeito de tentar matar ex-esposa a facadas na zona Sul de Teresina
-
Preço do café cai pelo segundo mês consecutivo, aponta IBGE
-
Fux absolve Bolsonaro e condena Braga Netto e Cid pela trama golpista
-
Projeto que susta regras de aborto legal em crianças avança na Câmara
