Governo da Bahia proíbe uso de pistolas de água no Carnaval de 2024

A utilização de pistolas de água ou acessórios similares está proibida no Carnaval da Bahia em 2024. O decreto que regulamenta a Lei nº 14.584, que proíbe a utilização, foi assinado pelo governador Jerônimo Rodrigues na tarde desta segunda-feira (29). A norma é discutida como uma forma de diminuir casos de importunação sexual à mulheres durante a festa.
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A promotora de Justiça Sara Gama, coordenadora do Núcleo de Enfrentamento às Violências de Gênero e em Defesa dos Direitos das Mulheres (Nevid). “Um momento importante, que simboliza o resultado de um trabalho construído conjuntamente e fomentado pelo Ministério Público desde 2018”, registrou Sara Gama.
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A coordenadora destacou que, em 2018, o MP, atuando de forma positiva, iniciou tratativas com todos os blocos de Carnaval, que são majoritariamente formados por homens, para extinguir da festa a “prática nefasta” de importunação sexual das mulheres. Naquele ano, lembrou ela, esse crime se tornou ainda mais grave, com previsão de pena de detenção de um a cinco anos para quem o cometa.
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O MP, então, convidou os blocos para dialogar e foram anos de conversa e construção conjunta até se chegar à lei. Para o governador, “a lei configura-se como ato de coragem do Estado, da Assembleia Legislativa e do Ministério Público”. O Estado, por meio da Polícia Militar, trabalhará para que ela seja cumprida, recolhendo as pistolas de água daqueles que tentarem participar da festa com elas, explicou Jerônimo Rodrigues, assinalando que o Carnaval servirá de ação pedagógica.
Os secretários de Política para Mulheres (SPM), Elisângela Araújo, e de Segurança Pública, Marcelo Werner, também ressaltaram a importância da lei e da sua regulamentação para um Carnaval de mais respeito, sem machismo e misoginia.
A lei define como pistola de água “todo artefato, artesanal ou não, que acionado por mecanismo manual ou automatizado, dispare água ou outros líquidos”. Ela estabelece que blocos, agremiações e demais organizações devem adotar medidas para impedir o uso desses artefatos por seus foliões e associados, através de campanhas educativas e aplicação de penalidades aos infratores.
A lei 14.584 passou a ser discutida após um registro de agressão no carnaval de 2023, quando uma mulher foi atingida por jatos de água e empurrada diversas vezes por um grupo de integrantes do tradicional bloco "As Muquiranas". O caso ganhou grande repercussão, movimentando políticos e famosos a se manifestarem condenando ações de importunação sexual contra mulheres no Carnaval.
Fonte: Com informações de MP-BA
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