COP-28 assina acordo para redução do uso de combustíveis fósseis

Nesta quarta-feira (13), os países participantes da COP28, em Dubai, aprovaram um acordo que visa uma transição energética gradativa, reduzindo consideravelmente o uso de combustíveis fósseis para que o mundo alcance a neutralidade de carbono até 2050. O acordo, no entanto, não se compromete com prazos para eliminar a utilização de fontes de energia sujas.
Siga-nos: Facebook | X | Instagram | Youtube
A queima de combustíveis fósseis representa a principal causa do aquecimento global provocado por atividades humanas. Essa é a primeira vez na história que se é citada a necessidade de transição energética em um documento protocolado em conferência da Organização das Nações Unidas (ONU).
Participe do nosso grupo: WhatsApp
O presidente da COP28, Sultan Al-Jaber, analisa que o documento estabelece uma "base para transformação", ao abrir a sessão plenária com os delegados dos países, que estenderam a conferência em um dia para alcançar um acordo. "As futuras gerações vão nos agradecer, não conhecerão nenhum de vocês, mas serão gratos por essa decisão", garantiu o presidente.
Compartilhe esta notícia: WhatsApp | Facebook | X | Telegram
O texto pede ás nações que executem uma "transição dos combustíveis fósseis nos sistemas energéticos, de maneira justa ordenada e equitativa", acelerando as ações "nesta década crucial para zerar as emissões líquidas de carbono em 2050", em linha com o percurso para limitar o aquecimento global neste século a 1,5ºC em relação aos patamares pré-industriais.
Entre as iniciativas indicadas estão "triplicar a capacidade de energias renováveis em nível global", "duplicar a média mundial de eficiência energética até 2030" e acelerar os esforços para a redução gradual da energia produzida por combustíveis fósseis que não sejam compensados com tecnologias de captura e estocagem de carbono.
Durante a COP28, ambientalistas e dezenas de países pressionaram pela inclusão de um cronograma para eliminação dos combustíveis fósseis, especialmente nações insulares ameaçadas pelo aumento do nível dos mares, mas essa proposta foi barrada por Estados sustentados pelo petróleo, como a Arábia Saudita.
Marina Silva, ministra do Meio Ambiente do Brasil, comemorou, em coletiva de imprensa, a consolidação do acordo. "Trabalhamos muito para que saíssemos daqui com essa base. Já estamos há 31 anos fazendo esse debate, e pela primeira vez tivemos um resultado que considera uma trajetória para levar ao fim dos combustíveis fósseis", disse a ministra.
Fonte: Terra
Comente
-
PRF prende motociclista por dirigir alcoolizado na BR-316, em Barro Duro-PI
-
Homem é preso suspeito de tentar matar ex-esposa a facadas na zona Sul de Teresina
-
Preço do café cai pelo segundo mês consecutivo, aponta IBGE
-
Fux absolve Bolsonaro e condena Braga Netto e Cid pela trama golpista
-
Projeto que susta regras de aborto legal em crianças avança na Câmara
