Pastelaria denuncia caso de racismo de cliente que exigiu motoboy branco

Uma pastelaria que fica na cidade de Campo Bom, no Rio Grande do Sul, denunciou um caso de ração no ocorrido l na terça-feira (14). Na ocasião, uma mulher teria requisitado por meio de um aplicativo de delivery que o estabelecimento enviasse um motoboy branco já que ela não admitia negros “encostando” na comida dela.
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A cliente, identificada apenas como Andressa Oliveira pelo aplicativo, escreveu na descrição do pedido que não queria que a entrega fosse feita por um funcionário negro. Ela também chegou a enviar uma mensagem para o estabelecimento reforçando a exigência.
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“Última vez veio um motoboy negro, peço a gentileza que mande um branco. Não gosto de pessoas assim encostando na minha comida”, escreveu a mulher na mensagem enviada pelo aplicativo.
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Em resposta à cliente, o restaurante informou que o pedido dela seria cancelado. A dona do estabelecimento escreveu ainda que o entregador negro do qual a consumidora reclamou era o proprietário do estabelecimento.
“Faça o favor de não comprar mais na minha loja!”, respondeu a pastelaria.
Em nota nas redes sociais, A Hora do Pastel prestou solidariedade para a unidade franqueada onde ocorreu o caso afirmando que repudia veementemente os comentários racistas feitos pela cliente. “Tamanha agressão não passará impune”, declarou a companhia.
Gabriel Fernandes da Cunha, dono da franquia de Campo Bom, fez uma postagem no Instagram pessoal dele relatando o ocorrido e agradecendo mensagens de apoio que recebeu. “De imediato fizemos um boletim de ocorrência e chamamos a autoridade policial”.
O proprietário do estabelecimento também afirma que não se sente mal com o que aconteceu e está tranquilo. “Não foi nada de diferente, nada de novo, nada que não vai se repetir. A pessoa para falar aquilo ali no aplicativo, é porque não tem coragem de vir na minha loja e falar para mim.”
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul declarou que o caso está sendo investigado e será avaliado se o crime se enquadra em injúria racial, quando a ofensa é destinada a apenas uma pessoa, ou por um dos tipos penais de racismo, quando a intenção é ofender um grupo inteiro da população. “De qualquer forma, ambos são crimes gravíssimos”, assegura a Delegacia de Campo Bom.
Segundo as autoridades, o síndico do condomínio de onde a cliente seria garantiu que não existe aquele número de apartamento no local e nem uma Andressa Oliveira no endereço informado pela consumidora no aplicativo. “O autor do crime, assim que for identificado e sua participação comprovada, será indiciado e pode ser preso”, declarou a corporação.
Fonte: Isto é
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