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RESULTADO DO CENSO DEMOGRÁFICO

Por Valmir M. Falcão Sobrinho
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 No dia 03 de agosto de 2022, nesta coluna semanal, publicamos um artigo sobre a importância do censo populacional. Agora é o seu resultado. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou na última quarta feira ( dia 28 de junho ),  o último  censo  brasileiro, baseados na coleta  de 2022, ou seja, de 2010 (data da última contagem) a 2022, a taxa média de crescimento anual da população foi de 0,52%, a primeira abaixo de 1% e a menor registrada desde o primeiro levantamento feito no País, que foi em 1872.

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Os dados revelam também inédito movimento de interiorização da população. Entre as possíveis explicações, estão o avanço do agronegócio, um dos principais motores da economia nos últimos anos, e também as mudanças nas dinâmicas de trabalho, que permitiram o trabalho remoto e menor concentração de mão de obra em grandes centros urbanos.

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A população total do País chegou a 203,1 milhões em 2022, bem abaixo dos 214,8 milhões projetados pelo próprio IBGE para o ano passado. Ainda assim, o crescimento é de 6,5%, ante o último censo demográfico, com acréscimo de 12,3 milhões no período. Até a década de 1940, havia altos níveis de fecundidade e mortalidade, mas avanços na Medicina permitiram que a população vivesse mais. 

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Segundo o demógrafo e sociólogo, José Eustáquio, um especialista da área,    afirmou que o  Brasil está diante de um grande desafio nos próximos anos, diante do acelerado envelhecimento da população, constatado pelos números do Censo 2022., tendo em vista o baixo crescimento populacional de 0,5%, o menor registrado em 150 anos, o País precisa, segundo  Eustáquio,  apressar para aproveitar as vantagens do bônus demográfico, quando a população economicamente ativa é superior à de crianças e idosos. É essa janela de oportunidade que dá condições de crescimento econômico mais veloz. Afirma o demógrafo que, esse processo de envelhecimento, a tendência é crescermos cada vez menos, com esta renda média e não conseguiremos atingir um crescimento de pais de primeiro mundo.  

O ritmo do crescimento populacional no Brasil vem caindo desde a década de 1970 por conta da queda da fecundidade. Quando menos pessoas nascem, há redução no ritmo de crescimento populacional, onde o IBGE estimou 214 milhões e o resultado da contagem foi outro,  fatores causado em razão da pandemia (a covid-19, provocou redução de 2 a 3 milhões de pessoas na população) e outras situações de redução das  taxas de fecundidade e  o aumento da mortalidade. 

O que está causando discussões,  após o resultado do censo.  é que a conta não está fechando, uma vez que, com base nos números de nascimentos e óbitos do Ministério da Saúde, sabemos que o crescimento vegetativo no Brasil entre 2010 a 2022 foi de 18 milhões de pessoas (já computadas as perdas para o covid-19).o que daria , então, 209 milhões. A migração no Brasil sempre esteve próximo de zero (o número de pessoas que entram no País menos o número dos que saem). Mas há indicações de que nos últimos anos, por conta da crise econômica, que tenha saído mais gente do que entrado. Chegaríamos, então, a 207 milhões. Os números do Censo de 2010 (190 milhões) poderiam estar sobrestimados. Mas pode acontecer de o Censo não ter coberto os 100% da população.  Afinal, nenhum Censo cobre 100%, chega a 99%, mas pode ter sido um pouco menos. 

Quando diminui o ritmo do crescimento é porque o envelhecimento está sendo acelerado. Ou seja, aumenta o ritmo da mudança da estrutura etária da população. Onde a base da pirâmide fica mais estreita e o topo da pirâmide engorda. O envelhecimento, que já era profundo e acelerado, está ficando mais profundo e mais acelerado, concluindo que, com esse processo de envelhecimento, a tendência é crescermos cada vez menos. 

Agora é esperar  as políticas públicas  dos entes federados  no sentido de melhorar  o bem estar da nossa população .

 

Valmir Martins Falcão Sobrinho

Economista/ Advogado

 

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