
Vejam os grandes campeões do rally dos sertões na 29º edição de 2021

Espetacular é uma palavra que resume bem o duelo mais acirrado da 29ª edição do Rally dos Sertões, envolvendo dois irmãos, na categoria Carros, e que teve um desfecho cinematográfico na última etapa cronometrada, realizada ontem, entre as cidades alagoanas de Delmiro Gouveia e Arapiraca. O piloto Cristian Baumgart, de 46 anos, conseguiu virar o jogo nos derradeiros 152,2 km e tirar a diferença do irmão caçula Marcos Baumgart, de 44 (ambos de Toyota Hilux), que liderou boa parte da principal corrida off road das Américas, iniciada dia 13, na Praia da Pipa, em Tibau do Sul (RN).
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A previsão, no entanto, é que o rali de 3.615 quilômetros, passando por sete Estados nordestinos, tivesse nove etapas cronometradas, a última entre Arapiraca e a praia de Carneiros, em Tamandaré (PE), programada para hoje. As fortes chuvas que despencaram na região provocaram a mudança de planos: o percurso final de 320 km virou apenas um deslocamento. Para motos, quadriciclos e UTVs, o Sertões valeu como etapa do Mundial de Rally Cross Country.
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“Vamos comemorar em família”
Ao lado do navegador Beco Andreotti, Cristian chegou ao seu quarto título no Sertões (2016, 2017 e 2018), depois de dois vices (2019 e 2020). A dupla cravou 28h55min21seg contra as 29h03min39seg de Marcos e o navegador Kleber Cincea (campeões do ano passado). Eles entraram na oitava etapa cronometrada com 1min28seg de vantagem – um problema na transmissão do carro causou a perda de minutos decisivos. “Emoção até o final”, celebrou Marcos ao lado do irmão campeão. “Se não fosse assim, não saía de casa! Agora vamos comemorar em família.”
“Foi um rali muito duro, muito técnico, e competir contra o irmão na disputa acirrada o tempo inteiro…”, falou Cristian até ser interrompido pelas próprias lágrimas. “Lidar com o irmão em todas as etapas, com diferença de um minuto, é muito difícil, mas é saudável: se ele me alcança, eu dou passagem, e vice-e-versa. A gente é bem respeitoso, sempre fazendo provas limpas. E, quando a gente precisa, um ajuda o outro.”
Cristian fez questão de dizer que a vitória não foi só dele e do navegador. “Determinante para a vitória é o entrosamento com toda a equipe (X Rally Team). A união de todos, como uma família, um trabalho coletivo que faz a diferença.”
5 décimos de vantagem após 328 km
Entre os UTVs, Denísio Casarini e Ivo Mayer (Can–Am) sagraram-se bicampeões do Rally dos Sertões, mesmo chegando em quarto lugar na última etapa, vencida pelo português Alexandre Miguel e Fausto Mota (os sétimos vencedores diferentes em oito etapas). Denísio e Ivo superaram Rodrigo Varela e Filipe Palmeiro, que foram desclassificados na sétima etapa depois de liderarem a classificação nas quarta, quinta e sexta etapas.
Na sexta, fim da Maratona (trecho sem apoio de mecânicos), entre Xique-Xique (BA) e Petrolina (PE), após 328 quilômetros cronometrados, as duas duplas mostraram um equilíbrio fora do normal e empataram até nos segundos: 4h14min37seg – por cinco décimos, Varela levou. Enquadrada com belos visuais do rio São Francisco, a quinta etapa – entre São Raimundo Nonato (PI) e Xique-Xique (BA) – também entrou para os anais da competição graças à maior quilometragem consecutiva de areia: 220 quilômetros.
Estrangeiros venceram nas outras duas categorias: o francês Adrien Metge (Yamaha WR450F) nas motos, que ganhou seis das oito especiais e fechou a competição com mais de 15 minutos de vantagem para o segundo colocado, Jean Azevedo (Honda CRF450RX); e o argentino Manuel Andujar (Yamaha Raptor 700), entre os quadriciclos, que fez um rali de recuperação e sobrou no final, colocando quase duas horas sobre o vice, Rafal Sonik.
Carbono zero e expectativa para 2022
A 29ª edição do Rally dos Sertões teve recorde histórico: 316 inscritos, em 192 veículos (90 UTVs, 65 motos, 34 carros e 3 quadriciclos). Cruzando uma sucessão de cartões postais em regiões poucos visitadas como a Serra da Capivara e o Raso da Catarina, o rali deste ano foi emblemático ainda por ser Carbono Zero: graças à parceria com a plataforma de crédito de carbono Moss Earth, a emissão da frota inteira do rali e dos deslocamentos aéreos (2000 toneladas de CO2) será neutralizada, com créditos revertidos para a Amazônia.
A competição de 2021 mal acabou e já começa a expectativa para a prova de 2022, quando o Rally dos Sertões celebra sua 30ª corrida junto com os 200 anos de Independência do Brasil: será uma edição para lá de especial: do Oiapoque ao Chuí, rasgando as cinco regiões do país para se transformar no maior rali do mundo.
Fonte: @rallydossertoes2021
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