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A mulher que foi agredida com socos e chutes pelo próprio noivo, o soldado da Polícia Militar Moab Gomes de Melo, em Chapadinha, se pronunciou sobre o caso nas redes sociais. O caso ocorreu no dia 20 de setembro.

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A vítima, que não terá a identidade revelada, afirma que o casal estava com o casamento planejado para dezembro, mas que tinha pensado em remarcar a data. Ela disse ainda que nunca houve traição.

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"Eu sei que deve ter muita gente maldosa dizendo 'com certeza estava traindo ele', ou algo parecido. Ainda que fosse, não seria justificável. [...] Ele chegou na sexta feira e estava tudo bem. Eu falei pra ele que era melhor a gente adiar o casamento, que seria em dezembro, porque a gente estava tendo alguns pequenos conflitos", relatou.

A mulher afirmou ainda que nunca esperava que seria mais uma mulher vítima de violência, pois o casal não tinha o costume de brigar.

"Eu nunca imaginei que ele pudesse fazer isso comigo, realmente eu só via nos noticiários e nunca pensei que fosse acontecer comigo, mas infelizmente aconteceu. Eu nunca vou esquecer, mas eu vou superar isso", afirmou.

Agressão registrada em vídeo

Um vídeo que circula pelas redes sociais mostra o momento em que o policial agrediu a mulher, em frente da casa onde o casal morava. As imagens também mostram quando a vítima chega em casa e é recebida com xingamentos e agressões físicas. A filha da mulher aparece nas imagens tentando consolar a mãe, que ficou com ferimentos na boca e hematomas pelo corpo.

Após o ocorrido, a vítima registrou boletim de ocorrência na delegacia local. Moab foi preso em flagrante pela Polícia Civil, mas liberado após audiência de custódia. 

Prisão preventiva decretada

Apesar da soltura inicial, a Delegacia Especial da Mulher de Imperatriz solicitou a prisão preventiva do policial, que foi decretada e cumprida no dia 25 de setembro. Moab, que atua no 3º Batalhão da PM em Buriticupu e reside em Imperatriz, foi localizado, preso e encaminhado ao quartel da Polícia Militar, onde permanece detido.

Decisão judicial e defesa

A juíza Muryelle Tavares Leite Gonçalves decidiu pela soltura inicial por entender que não havia necessidade de prisão preventiva naquele momento. Ela considerou que o acusado tem residência fixa, bons antecedentes e mora em outra cidade que não a da vítima. No entanto, reconheceu a existência de provas da agressão.

A defesa do soldado afirmou que o episódio foi um “caso isolado” e que Moab está disposto a reparar os danos causados à vítima.

Investigação em andamento

A Polícia Civil segue investigando o caso, enquanto a Polícia Militar informou que também apura a conduta do soldado, que pode sofrer sanções disciplinares.

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Fonte: IMIRANTE