O jornalista e escritor Toni Rodrigues, segundo nome lançado pelo Partido Liberal (PL) como pré-candidato ao governo do Piauí nas eleições de 2026, concedeu entrevista ao Portal R10, onde explicou o que o motivou a entrar nessa disputa e quais são seus objetivos. 

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A mudança de atuação foi motivada pela experiência de Toni Rodrigues como vereador de oposição em Altos, município do Piauí próximo a Teresina, onde foi eleito  duas vezes. Segundo ele, a transparência é uma de suas principais bandeiras, já que, atualmente, existe grande dificuldade de acesso a informações sobre a aplicação de recursos públicos no Estado, tanto nas prefeituras quanto no governo estadual, liderado pelo atual governador Rafael Fonteles, do Partido dos Trabalhadores (PT).

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Toni reforça ainda a preocupação com a segurança pública, destacando que o tema é uma de suas principais bandeiras. Entre as propostas levantadas, o jornalista lembra que implantou, em 2011, o segundo projeto de monitoramento por câmeras do Piauí, no município de Altos. Além disso, defendeu a municipalização do trânsito como forma de garantir mais organização e eficiência na gestão viária.

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"A política sempre fez parte da minha vida, desde os debates que eu promovia nos meios de comunicação e nas editorias. Apenas transportei essa experiência para a minha atuação como vereador. A liderança do PL, assim como a presidência regional do partido, avaliou que meu nome seria interessante para a disputa no estado", destacou. 

O PL vai lançar dois pré-candidatos ao governo do Piauí? 

O ex-deputado federal Mainha também foi confirmado como pré-candidato ao Governo do Piauí nas eleições de 2026 pelo Partido Liberal (PL). O anúncio ocorreu  em um vídeo divulgado nas redes sociais, no qual Mainha aparece ao lado do presidente estadual da sigla, Tiago Junqueira, e do vice-presidente, Nel Lopes.

Toni Rodrigues, no entanto, afirmou que estava afastado do partido há oito anos, desde o término de seu último mandato em 2016, dedicando-se exclusivamente às suas atividades como jornalista, até receber um convite direto de Tiago Junqueira.

“Antes, já havia sido anunciado o nome de Mainha, mas eu não acompanhei essa parte. Acredito que sejam tratativas internas do partido. Pelo que foi informado, trata-se de uma pré-candidatura, uma espécie de prévia eleitoral, para que as pessoas tenham mais tempo de discutir e conhecer os candidatos e suas propostas. O objetivo é que, ao final do processo, seja definido um nome que tenha a aprovação tanto do povo quanto da direção do partido”, informou. 

Chapa Eleitoral do PL 

O PL está em busca de uma chapa proporcional para o governo e vice-governadoria, com o nome de Tiago Junqueira como candidato a senador na chapa majoritária. Os nomes para as candidaturas a deputado federal e estadual ainda estão em discussão; alguns já estão sendo cotados, mas não serão divulgados ao público neste momento.

“Será formada uma chapa de oposição que tenha o apelo que a população precisa e merece: discutir os problemas abertamente, apresentar alternativas e aguardar o reconhecimento. Tudo isso com base nos princípios da moralidade, da legalidade e da transparência, valores que sempre defendemos", explicou. 

A força do bolsonarismo no Piauí 

O PL conta com a força e o apoio do bolsonarismo em todo o Brasil, movimento que tem se consolidado como uma base significativa de eleitores. O pré-candidato Toni Rodrigues destacou seu alinhamento político com o ex-presidente Jair Bolsonaro, reconhecendo, no entanto, que são pessoas diferentes, com trajetórias e propósitos distintos. 

"Eu não vou ser o menino do Bolsonaro", enfatizou.

Política ou Jornalismo? 

Questionado sobre seu futuro caso não seja eleito, ele reafirma confiança em sua vitória e destaca que, no momento, toda a sua atenção está voltada para consolidar seu nome no estado e apresentar suas propostas ao público. Rodrigues enfatiza que sua prioridade é convencer os eleitores da necessidade de um governo estruturado e efetivo, apontando que, em sua visão, atualmente o Piauí carece de uma gestão que funcione plenamente.

“Eu estou confiante de que vou ser eleito. Não estou pensando no futuro após a campanha, porque, neste momento, o foco é totalmente voltado para a pré-campanha: viabilizar meu nome, torná-lo mais conhecido no estado e fazer com que as pessoas realmente acreditem naquilo que apresento como proposta fundamental para a existência de um governo.