
Diretor do Hospital São Marcos é denunciado por desvio de mais de R$ 30 milhões da saúde pública

O diretor-geral do Hospital São Marcos, em Teresina, Gustavo Antônio Barbosa de Almeida, foi denunciado pelo Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI) sob acusação de desviar mais de R$ 31 milhões em recursos públicos da Fundação Municipal de Saúde (FMS), oriundos de repasses do Sistema Único de Saúde (SUS).
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Além de comandar o hospital, Gustavo Antônio também é presidente da Associação Piauiense de Combate ao Câncer Alcenor Almeida (APCCAA), entidade responsável pela administração da unidade de saúde. Por prestar serviços ao setor público, ele é equiparado a servidor público para fins penais, e foi formalmente denunciado por peculato, crime previsto no Código Penal.
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De acordo com a investigação, entre os anos de 2016 e 2024, houve irregularidades na retenção de valores referentes a empréstimos consignados contratados pela associação, com recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS). Um erro administrativo impediu que a FMS descontasse as parcelas dos empréstimos antes de repassar os valores à APCCAA, resultando em um pagamento indevido de R$ 31.027.521,41.
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Segundo o MP, a Fundação tentou recuperar os valores, mas a associação teria postergado o ressarcimento. Com a formalização da denúncia, o processo segue agora para apreciação da Justiça criminal. O Ministério Público também solicitou a citação do acusado, a oitiva de testemunhas e vítimas, e a condenação de Gustavo Antônio.
Até o momento, a assessoria de imprensa do Hospital São Marcos não se pronunciou sobre o caso.
Crise no atendimento oncológico
A denúncia surge meses após o Hospital São Marcos suspender o tratamento oncológico de mais de mil pacientes, em abril deste ano, devido à falta de medicamentos. A unidade, referência no combate ao câncer no estado, recebeu um repasse emergencial de R$ 7,35 milhões do Ministério da Saúde, dividido em três parcelas, com o objetivo de garantir a continuidade dos atendimentos e renegociar dívidas com fornecedores.
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