A escola particular onde a menina Alice Brasil Sousa da Paz, de apenas 4 anos, morreu na última terça-feira (5), se pronunciou oficialmente sobre a tragédia nesta sexta-feira (8). O caso comoveu a população de Teresina e segue cercado de questionamentos por parte da família, que ainda aguarda explicações conclusivas sobre o ocorrido.

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Alice estudava em tempo integral e estava na mesma turma do irmão gêmeo, Artur Brasil. Segundo o pai, o major do Exército Brasileiro Cláudio Sousa, ele e a esposa estiveram na escola na manhã do dia 5 para comemorar o aniversário dos filhos com os colegas de sala. Após a comemoração, deixaram as crianças sob os cuidados da escola e seguiram para o trabalho.

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“Poucas horas depois fomos chamados, recebemos a notícia de que ela havia morrido na escola. Primeiro disseram que um brinquedo tinha caído em cima da nossa filha. Depois, mudaram as versões. Não recebemos explicações concretas até hoje. Não sabemos o que realmente aconteceu com nossa filha”, disse Cláudio.

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Relato da escola

Na nota divulgada nesta sexta-feira, o CEV Colégio afirmou lamentar profundamente a perda da aluna e apresentou, de forma detalhada, o que teria ocorrido na brinquedoteca da unidade por volta das 13h33 do dia 5. Segundo a instituição, Alice estava deitada no chão, brincando, quando um móvel – descrito como uma penteadeira infantil – caiu sobre ela após uma outra criança entrar por baixo e se levantar.

De acordo com o colégio, uma professora retirou o móvel imediatamente, e Alice foi levada para a enfermaria, onde os primeiros socorros foram prestados pela enfermeira da escola. Ao constatar a gravidade do estado da aluna, a equipe acionou o SAMU. Seguindo instruções da central de regulação, iniciou-se o transporte da criança até um posto de atendimento próximo, no bairro Satélite.

No trajeto, a equipe escolar foi orientada a parar e encontrar uma ambulância do SAMU. Após cerca de 40 minutos de tentativas de reanimação, os socorristas informaram aos pais que Alice não resistiu.

Assistência e medidas adotadas

O CEV relatou que representantes da escola acompanharam a família durante todo o processo, inclusive no Instituto Médico Legal (IML), e disponibilizaram apoio psicológico tanto à família da aluna quanto à comunidade escolar.

Ainda segundo o comunicado, todos os materiais necessários para a investigação – incluindo imagens do circuito interno, depoimentos e a preservação do local – foram entregues às autoridades competentes e estão à disposição da família.

A escola afirmou também que mantém protocolos de segurança e que está revisando os procedimentos internos com o objetivo de fortalecer as medidas de prevenção a acidentes.

Pedido de perdão e solidariedade

Em um trecho da nota, o colégio faz um pedido público de perdão à família da aluna:

“Expressamos nosso mais sincero e profundo pedido de perdão à família por termos sido, de forma involuntária, o cenário desta tragédia imensa, que alterou drasticamente planos e sonhos.”

A escola encerra o comunicado ressaltando que seguirá prestando assistência e reafirma que atualizações oficiais serão feitas apenas pelos canais institucionais para evitar desinformações que possam causar ainda mais sofrimento.