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Tráfico de trabalhadores no Piauí segue alarmante, aponta MPT

Por Redação
Divulgação / MPT
Divulgação / MPT |

Nesta quarta-feira, 30 de julho, é celebrado o Dia Mundial de Combate ao Tráfico de Pessoas, data instituída pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 2013. A iniciativa busca promover a conscientização sobre a realidade enfrentada pelas vítimas desse crime, muitas vezes invisível, mas com graves consequências sociais e humanas.

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No Brasil, o Ministério Público do Trabalho (MPT) chama atenção para o alto número de trabalhadores traficados para outros municípios e estados, onde acabam sendo submetidos a condições análogas à escravidão. Segundo o procurador do Trabalho Edno Moura, coordenador regional de Combate ao Trabalho Escravo do MPT no Piauí, o problema segue sendo uma realidade alarmante no estado.

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“Este ano, já resgatamos 30 trabalhadores piauienses em situação de trabalho escravo na Bahia. Também tivemos registros de pessoas traficadas para o interior de São Paulo”, relatou o procurador.

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A prática, contudo, não se limita ao tráfico interestadual. Ainda em 2024, trabalhadores do município de Nazária foram resgatados em Boa Hora e Monte Alegre do Piauí, onde atuavam na extração de pedras em condições degradantes. Moura explica que a falta de oportunidades nas cidades de origem leva muitos a aceitar propostas enganosas de emprego, que acabam resultando em exploração.

“É fundamental refletir sobre as causas que levam essas pessoas a se submeterem a tais condições. A ausência de políticas públicas eficazes para geração de renda e trabalho digno em suas localidades acaba empurrando esses trabalhadores para armadilhas de exploração”, ressaltou.

Outro ponto preocupante é a reincidência. Muitas vítimas, após o resgate, voltam a se submeter ao trabalho escravo por falta de alternativas. O perfil mais comum das vítimas, segundo o MPT, é de homens, pobres, com baixa escolaridade e em situação de vulnerabilidade social. “São pessoas sem perspectiva de sustento para si e suas famílias, e acabam sendo presas fáceis”, lamentou Edno Moura.

Para enfrentar o problema, o MPT desenvolve ações como o projeto Liberdade no Ar, que atua em parceria com rodoviárias e aeroportos para capacitar profissionais do setor de transporte a identificarem sinais de tráfico de pessoas e orientarem os viajantes sobre riscos de falsas promessas de emprego.

A sociedade também pode e deve colaborar com o enfrentamento ao tráfico de pessoas, por meio da denúncia de casos suspeitos. As denúncias podem ser feitas:

As denúncias podem ser anônimas ou sigilosas.

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