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O crescimento do mercado de colecionáveis e seu valor emocional

Por Redação
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O mundo dos colecionáveis nunca esteve tão em alta. Figuras de ação, cards raros, quadrinhos, selos, brinquedos de edição limitada – tudo isso se transformou em itens disputados por fãs e investidores. Mas o que explica esse crescimento? Por que, em plena era digital, tantas pessoas continuam apaixonadas por objetos físicos que remetem a outras épocas ou universos ficcionais?

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A resposta está na combinação entre nostalgia, identidade e, claro, valor de mercado. Em outras palavras: colecionar não é só um hobby; é também uma forma de se conectar com o passado e, muitas vezes, de fazer bons negócios. Neste artigo, vamos explorar como o mercado de colecionáveis cresceu nos últimos anos e por que ele tem um peso tão importante na vida de tanta gente.

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O que torna algo colecionável?

Antes de tudo, vale entender o que define um item como colecionável. Em geral, são objetos que têm alguma característica única: uma edição limitada, uma ligação com uma franquia famosa, uma história envolvente ou mesmo um erro de fabricação raro. Esses fatores tornam o item especial, desejado e, muitas vezes, valioso.

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Por exemplo: um simples card pode valer poucos centavos. Mas se for um card raro, lançado em uma série especial de uma franquia amada, ele pode ser negociado por milhares de reais. É o caso de cartas Pokémon, action figures exclusivas da San Diego Comic-Con, quadrinhos de primeira edição ou brinquedos antigos que se tornaram raridades com o tempo.

Além disso, o colecionável ganha força por representar algo maior: ele é um símbolo de uma época, um marco afetivo ou um elo com uma comunidade de fãs. Ao adquirir esse item, a pessoa não está apenas comprando um objeto – está se conectando com uma memória, uma identidade ou uma paixão.

Como o mercado de colecionáveis cresceu tanto?

O crescimento do mercado de colecionáveis se deve a uma série de fatores, e um dos principais é a nostalgia. A geração que cresceu nos anos 80, 90 e início dos anos 2000 agora é adulta, tem poder de compra e, muitas vezes, sente vontade de reviver a infância ou juventude por meio de objetos que marcaram aquela época.

Outro fator relevante é a internet. Plataformas como eBay, Mercado Livre e redes sociais facilitaram a conexão entre vendedores e compradores, permitindo que o mercado se expandisse globalmente. Um brinquedo raro dos anos 90, por exemplo, pode ser encontrado em outro continente com poucos cliques. O mesmo vale para cards, moedas, selos e figuras.

Os games também têm papel importante nesse cenário. Franquias como Pokémon™ Shield mantêm viva a chama da nostalgia, ao mesmo tempo em que atraem novas gerações com aventuras modernas. A franquia Pokémon, especificamente, é um exemplo clássico de como o colecionismo pode ser tanto emocional quanto lucrativo. Cartas raras da primeira geração chegam a ser leiloadas por cifras milionárias, e cada novo lançamento desperta um novo ciclo de interesse e busca por itens exclusivos.

O valor emocional por trás das coleções

Para muitas pessoas, colecionar é mais do que acumular objetos, é reviver momentos, reforçar uma identidade e sentir pertencimento. Um action figure pode representar o herói da infância. Um card raro pode lembrar as tardes trocando figurinhas no colégio. Um brinquedo vintage pode trazer à tona lembranças de um parente querido.

Esse valor emocional é o que dá alma às coleções. E é justamente isso que diferencia um colecionador de um investidor frio. Claro, há quem compre pensando na valorização futura. Mas, na maioria das vezes, os colecionáveis são guardados com carinho, exibidos em prateleiras e compartilhados com orgulho nas redes sociais.

E tem mais: o colecionismo também pode ter efeito terapêutico. Ele ajuda a aliviar o estresse, oferece foco, estimula a memória e até contribui para a saúde mental. Afinal, organizar uma coleção, buscar itens raros e conversar com outros colecionadores são atividades que geram prazer, engajamento e até novas amizades.

A ascensão dos “adultos colecionadores”

O perfil do colecionador também mudou bastante. Se antes o colecionismo era mais associado a crianças ou idosos, hoje vemos uma legião de adultos que investem tempo e dinheiro em suas paixões. Eles compram miniaturas, cards, réplicas de filmes, livros autografados e todo tipo de memorabilia.

Marcas e empresas perceberam isso rapidamente. Tanto que, hoje, é comum ver produtos voltados diretamente para esse público. Linhas de brinquedos retrô, relançamentos de consoles antigos, coleções de roupas temáticas… tudo pensado para quem cresceu nos anos 80, 90 e 2000 e agora tem o desejo (e o poder aquisitivo) de reviver essa época.

Ao mesmo tempo, grandes varejistas e lojas geek costumam oferecer um descontaço em itens colecionáveis – o que, além de atrair novos compradores, alimenta ainda mais o mercado. Afinal, quando o preço ajuda, até quem nunca pensou em colecionar pode se sentir tentado a começar.

Colecionar virou investimento?

Em alguns casos, sim. Muitos colecionadores acabam percebendo que seus itens se valorizaram com o tempo. E isso fez com que surgisse uma vertente mais “investidora” dentro do colecionismo. Há pessoas que compram cards, brinquedos lacrados ou gibis raros como quem compra ações. Ou seja, de olho em uma valorização futura.

Isso é especialmente comum com itens de edição limitada, bem conservados e que tenham alguma ligação com franquias populares. Um Funko exclusivo, por exemplo, pode triplicar de valor em poucos anos. O mesmo acontece com HQs autografadas, réplicas de filmes ou cards com tiragem restrita.

Mas é importante lembrar que o valor de um item pode variar muito, e nem sempre o retorno é garantido. Por isso, o ideal é que a motivação principal seja o gosto pessoal, e não apenas o lucro. Quando a paixão guia a coleção, o processo se torna mais leve, prazeroso e duradouro.

Colecionar é uma forma de viver histórias

O crescimento do mercado de colecionáveis mostra que, em tempos tão digitais e acelerados, ainda buscamos conexão com algo palpável, afetivo e cheio de significado. Seja para reviver a infância, expressar uma paixão ou apenas decorar o quarto com objetos que nos fazem sorrir, o colecionismo segue vivo e mais forte do que nunca.

Com comunidades ativas, feiras especializadas, lojas online e até realities sobre o tema, nunca foi tão fácil (ou divertido) mergulhar nesse universo. E se tem uma coisa que todo colecionador sabe é que, por trás de cada item guardado, existe uma história. E, muitas vezes, um pedacinho do coração.

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