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De acordo com os familiares do adolescente, Ricardo pilotava a moto do pai, quando foi abordado por uma viatura da Polícia Militar, na Avenida II do bairro Jardim São Cristóvão. A família disse que ele fugiu da polícia porque era menor de idade e ficou com medo de perder a moto do pai.

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“Agora a gente está aqui reunido com a família toda, com os amigos, sofrendo, porque a polícia comete um erro e atira primeiro. Não consegue parar o rapaz, mas atira, alvejando o rapaz e ceifando a vida dele. Agora vem com desculpa de dizer que a moto era roubada, para poder justificar seu erro”, afirmou Glindson dos Santos Gomes, que é tio da vítima.

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pai de Pedro Ricardo confirmou ser o dono da moto que o adolescente pilotava na hora da perseguição policial.

“A moto é minha. Meu filho é estudante, ele estuda em dois períodos e nunca foi preso”, destacou o pai de Pedro Ricardo.

Um vídeo de câmera de segurança mostra Ricardo chegando em casa. Segundo a família, logo em seguida o adolescente precisou ser levado às pressas para o hospital, pois tinha sido alvejado com um tiro nas costas.

A vítima passou dois dias internada no Hospital Municipal Dr. Clementino Moura (Socorrão II), em São Luís, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na tarde dessa quinta.

“Ele foi submetido a cirurgia, foi tirado um pedaço do fígado dele. Ele perdeu um rim, foi furado o intestino grosso dele, foi avariado outros órgãos do intestino. Aí fizeram a cirurgia, voltou para a UTI, depois deu sangramento e tornou voltar para a cirurgia. Ontem na hora da visita, a assistente social disse que ele tava na UTI de novo com sangramento. Então ele teve umas paradas cardíacas, tentaram reanimar ele umas 10 vezes e ele não resistiu, veio a óbito”, explicou o pai da vítima, Ricardo Anchieta Chagas.

O corpo do jovem está sendo velado pela família, nesta sexta (6), em clima de revolta. Os parentes relatam que estão sendo intimidados por policiais militares, que chegaram a ir no velório duas vezes.

Imagens de câmera de videomonitoramento mostram uma viatura da PM passando próximo à casa da vítima no momento do velório e, também, três policiais militares se aproximando e conversando com a família do adolescente.

“Que isso não passe impune, porque não é a primeira vez, não é a primeira família, e a gente tem certeza que não será a última”, afirmou Edy Souza Rodrigues, tio da vítima.

Até o momento, os policiais envolvidos na ocorrência não foram identificados. Segundo a Polícia Militar do Maranhão (PM-MA), ela está adotando os procedimentos legais que o caso requer.

“Eles (a PM) ainda não deram nenhum parecer. Mas eu já fui na Corregedoria, já prestei a ocorrência, já fui no 11º (Distrito Policial), já fui na Delegacia de Homicídios, então eu tô correndo atrás de todas as provas possíveis, para poder correr atrás do fato que aconteceu”, explicou Carlos de Sousa Gouveia, outro tio do adolescente.

A Polícia Civil do Maranhão (PC-MA) informou, por meio de nota, que “o caso está sendo investigado pela Superintendência Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (SHPP), que já iniciou os trabalhos externos a fim de coletar indícios que possam auxiliar no trabalho investigativo, assim como esclarecer as circunstâncias e a motivação do crime, e assim punir criminalmente o autor de delito”.

O sepultamento de Pedro Ricardo Gouveia Chagas ocorrerá na tarde desta sexta-feira (6), no cemitério do Bom Jardim, na zona rural de São Luís.

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Fonte: IMIRANTE