Na manhã desta segunda-feira (26), os motoristas do transporte escolar da rede pública em Teresina paralisaram suas atividades em protesto por melhorias salariais e condições de trabalho mais dignas. A categoria reivindica reajuste salarial e condições que respeitem a jornada extensa enfrentada pelos profissionais.

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Segundo Antônio Cardoso, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Piauí (Sintetro), os motoristas estão sobrecarregados e mal remunerados. “Os trabalhadores não tiveram reajuste no salário. Começam às 6h da manhã e chegam a trabalhar até às 18h ganhando praticamente um salário mínimo. Há ainda aqueles que fazem turno da noite, chegando a trabalhar até 22h ou 23h, recebendo cerca de R$ 350 por esse turno. Muitos passam a noite na rua, se o carro não quebrar”, relatou.

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Cardoso enfatizou a importância do diálogo com as gestões pública municipais e estaduais para garantir a valorização da categoria. “A educação precisa ser completa, desde o zelador até o secretário, e os motoristas estão sendo explorados”, afirmou.

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Em nota, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) esclareceu que não há atraso nos pagamentos das empresas prestadoras de serviço, e que a paralisação decorre de um conflito interno entre uma empresa e o sindicato da categoria. A Seduc informou que já acionou outras empresas para garantir o transporte dos alunos afetados, assegurando que nenhuma aula será cancelada ou prejudicada.

Confira a nota da Seduc na íntegra:

“A Seduc informa que não existe nenhum atraso nos pagamentos da empresa mencionada, nem de nenhuma outra empresa que presta o serviço de transporte escolar. Absolutamente todos os pagamentos estão em dia e seguindo rigorosamente o contrato firmado com elas. Informamos ainda que, diante do descumprimento do serviço pela empresa, por uma questão específica entre ela e seu sindicato, a Seduc já providenciou o transporte por outras empresas dos estudantes eventualmente afetados, garantindo que não haja qualquer interrupção no serviço e os alunos possam comparecer à escola normalmente. Nenhuma aula será cancelada ou comprometida. A Seduc irá apurar o caso e, em eventual conclusão sobre irregularidades cometidas pela empresa, aplicará as penalidades previstas no contrato e na lei.”

A Secretaria Municipal de Educação (Semec) também confirmou que parte da rede municipal está sendo afetada pela paralisação.